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 Sessão de Abertura


Discurso do Reitor da UFPE
Anísio Brasileiro de Freitas Dourado

Boa noite.

É uma imensa honra para a UFPE e demais entidades associadas, receber a 65ª Reunião Anual da SBPC, a mais importante entidade de difusão da Ciência de nosso país. Quero dizer da satisfação de termos, em Pernambuco, trabalhado de forma intensiva para o êxito de tão importante evento científico. Sempre em parceria com as instituições locais e nacionais. Eu quero, assim, agradecer a presença do Governo do Estado através do secretário Marcelino Granja, que representa o governador Eduardo Campos.

Um agradecimento aos pesquisadores, a todos os que fazem as nossas universidades, aqui representadas pelo nosso vice-reitor Silvio Romero; professora Maria José Sena, reitora da UFRPE; e o professor Carlos Calado, Reitor da UPE. Destaco também a importância de termos tido, ao longo desses anos, a Facepe – aqui representada pelo seu presidente, Diogo Simões – apoiando o desenvolvimento de Pernambuco.

Todas as pós-graduações brasileiras estão aqui representadas pela sua associação nacional, a ANPG. E temos a satisfação de receber nossos parlamentares. É fundamental que o poder Legislativo esteja conosco buscando formas de diminuir as amarras que se opõem hoje à pesquisa brasileira. Aqui temos os deputados Luciana Santos, Paulo Rubem e Sibá Machado.

Professora Helena Nader, a senhora, junto com a diretoria, colocou o título, deu a ideia força da nossa SBPC – “Ciência para um Brasil Novo”. E o que é um Brasil novo? Como se expressa esse novo Brasil? Uma das formas de expressão dele é caracterizarmos a ascensão social muito forte que aconteceu nos últimos 10 anos. Os segmentos emergentes das chamadas classes D e E migram, ascendem socialmente e representam a maior novidade econômica, social e política em nosso Brasil.

Entre 2004 e 2010, 32 milhões de pessoas ascenderam à categoria de classe média no Brasil, mais 19 milhões de brasileiros saíram da linha da pobreza. E nós temos os jovens hoje, brasileiras e brasileiros, mais conectados, mais educados, formando opinião e demandando fortes consumos para as infraestruturas públicas, sobretudo para educação, saúde e melhor qualidade de vida.

Esse foi o sentimento das ruas. E é a esse sentimento, a esses desejos coletivos, a esses encontros, a essas formas diversas e diferentes de ver o mundo, a novas atitudes perante a vida, que nós, gestores públicos da ciência brasileira, devemos estar atentos e devemos responder a estas expectativas dos nossos jovens.

E eu não tenho dúvida que a SBPC saberá encontrar as alternativas e soluções para melhorar a qualidade de vida dos brasileiros. Isso porque nós temos uma ciência forte. Nós nos orgulhamos de termos 63 universidades federais. O sistema amplo da educação superior brasileira repousa nas universidades federais ligadas ao MEC e ao MCTI. E a importância das Universidades Estaduais, universidades confessionais e universidades particulares, que primam pela excelência e pelo mérito.

Nós temos cerca de três mil programas de pós-graduação. É um orgulho para o Brasil contar tanto com a Capes como com o CNPq e a Finep. Temos em média mais de 13 mil doutores que se formam anualmente no Brasil e mais de 37 mil mestres. E o Programa Ciência sem Fronteiras que, pela primeira vez, coloca a questão da internacionalização da pesquisa e da juventude brasileira como uma política de Estado.

Há 10 anos a SBPC esteve em Pernambuco. Quero cumprimentar o professor Aleixo e dizer que você [Aleixo] colocou a barra muito alta para essa SBPC. Nós todos trabalhamos continuamente e nós conseguimos. A UFPE, nesses 10 últimos anos, fortaleceu-se. Nós temos hoje 40 mil estudantes de graduação e de pós-graduação. Nós titulamos anualmente 1.350 mestres e doutores. Temos 78 programas de pós-graduação, 106 cursos de graduação em todas as áreas do conhecimento. É essa Universidade que vos acolhe, e que agradece a confiança e a presença e todos.

Em conclusão, três grandes desafios apresentam-se hoje à ciência brasileira: 1) continuar a crescer com qualidade na graduação e na pós-graduação, fortalecendo o compromisso social das nossas instituições de pesquisa e de formação de recursos humanos; 2) internacionalizar a pesquisa da graduação e da pós-graduação, buscando cooperações com as melhores Universidades do mundo, em áreas de pesquisa estratégicas para o desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro; 3) e, muito importante, reduzir as burocracias, com uma ampla e moderna lei orgânica para as universidades públicas brasileiras, que resguarde o princípio da autonomia universitária, com um novo e adequado marco regulatório que possibilite aos pesquisadores realmente desenvolver com maior capacidade o seu conhecimento, gerando inovações para a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros.

Sem dúvida nenhuma que a SBPC tem um papel fundamental nesse novo marco regulatório que está em construção. Eu gostaria de concluir fazendo um agradecimento muito, muito grande a professora Rejane Mansur, que coordena a SBPC localmente, e ao professor Ivan Melo, que representa a UFPE. Eles não mediram esforços e trabalharam incessantemente para que nós pudéssemos recebê-los bem, para que vocês tenham uma excelente semana e para que sonhos, desejos, expectativas de milhares brasileiros possam ser respondidos pela nossa ciência, que é muito forte e continuará sendo cada dia mais.

Muito obrigado!
Sejam muito bem-vindos!
Excelente semana!

 

Recife, 21.07.2013

 

 

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