Marinha quer “ampliar influência da comunidade científica” em suas atividades
Por Marcelo Medeiros
A Marinha pretende aumentar a influência de cientistas civis em suas atividades. A afirmação é do contra-almirante Ilques Barbosa Junior, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha, que apresentou conferência na 62ª Reunião Anual da SBPC na segunda-feira (26/7). De acordo com o militar, a força está em busca de mais parcerias com instituições de pesquisa brasileiras não só para desenvolvimento de tecnologias como para debate das estratégias militares a serem adotadas.
"A vanguarda do conhecimento é que dá capacidade de defesa para o país", argumentou. Segundo ele, hoje o saber é de grande importância para a segurança dos interesses brasileiros. "É preciso muita capacidade de ciência e tecnologia para responder aos desafios internacionais", afirmou. "Precisamos melhorar o duplo emprego da ciência".
Os desafios para tanto, de acordo com o militar, são a capacitação de recursos humanos, o fortalecimento dos centros de excelência em ciências do mar e o aumento da interação das entidades civis com as militares.
Segundo o contra-almirante, a Marinha tem procurado atrair mais cientistas para seus quadros por meio de promoções. Hoje, um professor com doutorado entra na carreira militar da Marinha como capitão, o que, segundo Barbosa Júnior, lhes confere estabilidade financeira para ministrar cursos e desenvolver tecnologias nas instalações militares.
Além disso, a Marinha está ampliando parcerias com unidades de pesquisa, como o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD), e fortalecendo seus centros de estudo, como o Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM).
Por meio dessa interação entre civis e militares, o contra-almirante acredita ser possível ampliar o conceito de defesa nacional.
Ilques Barbosa Junior, no entanto, lembrou ser necessário também fortalecer os programas de pesquisa em ciências do mar. O contra-almirante defendeu a criação de um fundo setorial da "Amazônia Azul" e a inserção do bioma marinho como área de conhecimento de ciência, tecnologia e inovação.
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