(Agência SBPC) – Durante sua visita à feira ExpoT&C, ontem (13/07), em Manaus, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, foi apresentado a uma nova arma que vem sendo testada contra a dengue no Amazonas. Resultado de um convênio entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), o projeto de pesquisa realizado na capital em parceria com a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) e Fundação de Medicina Tropical do Amazonas (FMT-AM), utiliza mais de 1,5 mil armadilhas para captura do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue.
Uma das armadilhas, a BG-Sentinel, utiliza substâncias encontradas na pele para imitar o cheiro humano. Uma espécie de mini-ventilador faz com que este cheiro seja circulado, atraindo a fêmea do mosquito, transmissora do vírus, que é capturada em um saco coletor e, posteriormente encaminhada ao laboratório da FMT-AM para análise entomológica e virológica.
Outro tipo de armadilha, denominada Mosqui Trap, desenvolvida pela UFMG, captura a fêmea que procura um lugar para por os ovos. Ela tem um aparato com água, um atraente biológico que imita o cheiro do depositário natural dos ovos e uma placa adesiva para captura do inseto. O posicionamento das armadilhas é georeferenciado e os dados são inseridos por meio de um programa próprio, o IDengue.
Exame virológico – A execução do projeto inclui, ainda, o exame virológico, realizado no início e no final da pesquisa. A primeira etapa de exames já foi realizada por agentes da Fundação de Vigilância em Saúde, que coletaram sangue de todos os moradores onde as armadilhas estão instaladas. A ideia é verificar se a pessoa já contraiu e qual o tipo de dengue. Depois, ao final, o exame será realizado novamente para verificar se as pessoas contraíram ao longo do tempo em que as armadilhas estiveram instaladas.
Da assessoria de comunicação da UEA para a Agência SBPC