Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia |
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia |
Efeito de diferentes doses de nitrogênio no desenvolvimento de plantas de amendoim (Arachis hypogaea). |
Tamara Eloy Caldas 1 Sara de Jesus Duarte 2 Felipe Gomes 3 Anacleto Ranulfo 4 |
1. Engenheira Agônoma 2. Graduanda em Agronomia/ Bolsista PET/Agronomia 3. Graduando em Agronomia 4. Docente Titular da disciplina Nutrição Mineral de Plantas- UFRB / CCAAB. |
INTRODUÇÃO: |
O amendoinzeiro é uma planta herbácea anual da família leguminosae, originária da América do Sul. O cultivo desta oleaginosa no Brasil pode ocorrer do norte ao sul do Brasil em variados tipos de solo, com melhor adaptação em solos arenosos, férteis e bem drenados, sendo possível a obtenção de até duas colheitas por ano nas regiões mais quentes, para isto, planta e solo devem estar nutricionalmente compatíveis, de modo a permitir, com maior eficiência, o máximo de aproveitamento pela planta e o máximo de fornecimento pelo solo dos elementos nutritivos e, conseqüentemente, a obtenção de plantas bem nutridas e vigorosas que possam oferecer produções elevadas. Por isso entre os objetivos da nutrição mineral das plantas estão à caracterização das deficiências dos elementos nutritivos e as conseqüências no desenvolvimento e composição das plantas. Entretanto, no Brasil pouco tem sido realizado trabalhos de sintomas de deficiência e toxicidade de nutrientes por isso, a informação disponível sobre o efeito de deficiências minerais em amendoim não é completa. O objetivo deste presente trabalho foi avaliar o efeito de diferentes doses de nitrogênio utilizando solução nutritiva de Hoagland & Arnon e nitrato de amônio (NH4NO3) no desenvolvimento de plantas de amendoim. |
METODOLOGIA: |
O experimento foi instalado no campus da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) localizado no município de Cruz das Almas - BA, em casa de vegetação. As sementes de amendoimzeiro foram lavadas com solução de hipoclorito de sódio a 10% por cinco minutos, para desinfecção. Destas, foram semeadas duas sementes por vaso, quando as plântulas atingiram aproximadamente cinco cm de altura, foram desbastadas deixando-se somente uma por vaso e após uma semana, foi realizada a nutrição das plantas utilizando-se solução completa de Hoagland e Arnon e NH4NO3 em diferentes doses (0, 70, 210, 420, 630 mg L-1 de N) e seis repetições por tratamento. Após quarenta e cinco dias de plantio foram analisadas os caracteres massa verde de parte aérea, massa seca de parte aérea, comprimento de raiz e comprimento da parte aérea. Os dados foram submetidos à análise estatística de variância, foi aplicado o teste de Tukey a 5% para os tratamentos utilizando-se o programa estatístico Sisvar (2003). |
RESULTADOS: |
Houve efeito significativo para as variáveis: massa seca de parte aérea, comprimento de raiz e comprimento de parte aérea. Para a variável massa verde da parte aérea não houve diferença significativa entre os tratamentos aplicados, de forma que se o objetivo do produtor for obter massa verde não é necessária a utilização de adubo mineral. Entretanto para massa seca, a dose 630 mg de N diferiu dos tratamentos com 0,70 e 210 mg de N e não diferiu da dose 420 mg de N. Assim, para fins de obtenção de massa seca a melhor dose a utilizar é 420 mg de N. Para os caracteres comprimento de raiz e Comprimento de parte aérea, a dose 630 mg de N diferiu dos tratamentos com 0,70 e 210 mg de N e não diferiu da dose 420 mg de N. No entanto para o Comprimento de parte aérea apenas a ausência de adubação promoveu baixo rendimento de parte aérea, podendo-se utilizar 70 mg N e 420 mg de N para comprimento de raiz. |
CONCLUSÃO: |
Para o caráter massa verde, não houve diferença significativa entre os tratamentos. Entretanto para massa seca, a dose 420 mg de N foi a melhor apresentada. O mesmo ocorreu para o comprimento de raiz. No entanto para a parte aérea apenas a ausência de adubação promoveu baixo rendimento. |
Palavras-chave: Oleaginosa, Nutrição , Plantio. |