Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia
D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 5. Saúde Coletiva
ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE (PSF E UBS) NO ATENDIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA.
Maria do Carmo Campos dos Santos Lima 1
Maria Conceição Oliveira Costa 2
Jacqueline Reiter de Oliveira 3
Mona Lisa Cordeiro Asselta da Silva 4
Ohana Cunha do Nascimento 5
Mariana rocha da silva 6
1. UEFS
2. UEFS
3. UEFS
4. UEFS
5. UEFS
6. UEFS
INTRODUÇÃO:
A violência é considerada hoje como um grande problema de saúde pública mundial e a violência infanto-juvenil é um fenômeno complexo que transcende classes sociais e culturas, cuja intervenção requer ação de múltiplos setores.Objetivo: analisar atuação dos profissionais do Programa de Saúde da Família/PSF e Unidades Básicas de Saúde/UBS de Feira de Santana, quanto à identificação e notificação de casos de crianças e adolescentes vitimizados pela violência física e/ou sexual. Estudo de corte transversal, realizado com amostragem aleatória, estratificada por conglomerado, cujos estratos foram Unidades do PSF e UBS.
METODOLOGIA:
A amostra foi de 582 profissionais e os dados foram coletados com questionário sigiloso, aplicado individualmente. As análises englobaram associações entre variáveis, utilizando Razão de Prevalência/RP e qui-quadrado de Pearson para significância.
RESULTADOS:
88,9% dos profissionais era sexo feminino; 62,8% integravam o PSF, sendo que apenas 27,9% recebeu informação sobre violência. Os Agentes Comunitários de Saúde e técnicos de enfermagem identificaram casos através de terceiros e visita domiciliar, enquanto médicos e enfermeiros, através da consulta, sendo o domicílio o principal local de ocorrência (52,3%). A violência física e sexual foi mais freqüente entre 6 a 13 anos e sexo feminino (67,9%). Na maioria dos casos, o próprio profissional não foi o notificante e o cirurgião-dentista foi a categoria que menos identificou casos. A notificação foi citada por 56,9%, embora apenas 17,8% efetuada pelo próprio; os principais notificantes citados foram profissionais de saúde e mãe; com denúncia nos Conselhos Tutelares (45,2%) e Delegacias (33,6%).
CONCLUSÃO:
A identificação de casos mostrou associação positiva e significante com profissional do sexo feminino, com filhos, atuação profissional acima de 6 anos, categoria de médicos e enfermeiros e capacitação prévia. Conclui-se que sensibilização e capacitação são estratégias necessárias à identificação e notificação pelo Sistema de Saúde, integrando a rede de enfrentamento da violência.
Palavras-chave: sistema de saúde, violência infanto-juvenil, atuação profissional.