Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia |
C. Ciências Biológicas - 14. Zoologia - 5. Zoologia Aplicada |
Criação da lagarta-dos-capinzais ( Mocis latipes ) em condições de laboratório para subsidiar testes controlados do feromônio sexual da praga. |
Bárbara Luzia Oliveira da Silva 01 Maria Clarice Vasconcelos Dias 02 Mauricio Moraes Victor 03 |
1. Bols.Laboratório de Entomologia-Empresa Baiana de Dsenvolvimento Agrícola-EBDA 2. MSc.Laboratório de Entomologia-Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola-EBDA 3. Prof.Dr.Instituto de Química-Universidade Federal da Bahia-UFBA |
INTRODUÇÃO: |
A lagarta-dos-capinzais, ( Mocis latipes ) (Guenée,1852), juntamente com as cigarrinhas-das-pastagens são apontadas como as principais pragas que atacam as pastagens no Estado da Bahia. Sua ocorrência verifica-se sempre após o início das chuvas com a rebrota das gramíneas, havendo surtos de lagartas que podem destruir toda a folhagem das pastagens em pouco tempo. Sua voracidade e rapidez com que atacam as pastagens, além do odor desagradável deixado por elas, impedem o consumo da folhagem pelo gado, causando enormes prejuízos aos pecuaristas. As medidas de controle recomendadas não são eficientes, são onerosas e causam danos ao homem e ao meio ambiente. Na busca de alternativas de controle a EBDA e UFBA (Instituto de Química) estão desenvolvendo trabalhos com a síntese do feromônio sexual e testes biológicos da praga. A UFBA é responsável pela síntese do produto e a EBDA responsável pela criação massal e testes de laboratório e de campo. O presente trabalho refere-se à criação da praga em condições de laboratório. |
METODOLOGIA: |
Para início da criação foram coletadas lagartas em pastagens de capim buffel, no assentamento Rainha dos Anjos, município de São Sebastião do Passé, em maio/2010. As lagartas foram trazidas para o Laboratório de Entomologia, onde foram mantidas em vasilhas plásticas contendo sua dieta natural, capim buffel, trocado diariamente. As pupas foram sexadas e colocados numa proporção de 6 machos para dez fêmeas. Os adultos foram acondicionados em gaiolas plásticas de PVC contornadas por papel jornal, e alimentados diariamente, com solução de mel a 10%. Os ovos coletados diariamente do papel jornal eram armazenados em placas de petri, sobre papel de filtro umedecido, para eclosão das larvas e início da primeira geração em laboratório, obedecendo a mesma metodologia. |
RESULTADOS: |
A coleta realizada no município de São Sebastião do Passé foi considerada satisfatória para iniciar-se a criação a base de dieta natural. Na primeira geração em condições de laboratório o período larval durou em média 16 dias, o pupal 7 a 10 dias, adultos apresentou uma longevidade de 10 a 16 dias e os ovos eclodiram em três a cinco dias. Foi observado, durante o período de oviposição uma perda de aproximadamente 56% de ovos e mortalidade de % de lagartas. No momento a criação está em desenvolvimento da segunda geração, onde se busca obter um maior número de indivíduos para início da criação massal, em dieta artificial e fornecer insetos suficiente para os testes de eficiência do feromônio, em condições controladas. |
CONCLUSÃO: |
Os resultados parciais obtidos permitem indicar que a criação à base de dieta natural continue em andamento, para obtenção de um maior número de indivíduos a fim de dar segurança à manutenção da criação base no laboratório e dar início a criação massal em dieta artificial. A perda de ovos durante a oviposição e a mortalidade de lagartas ocorreu devido à fase de adaptação do inseto as condições adversas ao seu habitat natural, fato que normalmente acontece no início de criação em laboratório. |
Instituição de Fomento: Banco do Nordeste |
Palavras-chave: criação de inseto, dieta artificial, lagarta-dos-capinzais. |