Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia
C. Ciências Biológicas - 5. Ecologia - 4. Ecologia
Análise fitossociológica da Área de experimentação 2 pertencente a UFRB, Cruz das Almas, BA: Método de parcela
Mariana Conceição Menezes 1
Victor Flavius Guimarães e Guimarães 2
Alessandra Nasser Caiafa 3
1. Graduanda Ciências Biologicas.
2. Graduando Ciências Biologicas.
3. Prfª. Drª. CCAAB, UFRB.
INTRODUÇÃO:
Por comunidade espontânea ou infestante entende-se a vegetação composta pelo grande grupo de plantas que ocorrem naturalmente em áreas alteradas pela ação do homem comportando-se como indesejáveis (Nordi, 2009).Entretanto a presença de plantas espontâneas,se controlado,pode desempenhar importantes papéis ecológicos em uma área de plantio. Isto contribui para o interesse em estudos fitossociológicos com o fim de caracterizar as comunidades vegetais herbáceas,na detecção de problemas e na escolha de estratégias de manejo e de controle a serem empregadas nas mais diversas condições de sistemas agrícolas.
O conhecimento dos padrões de distribuição de espécies numa área contribui também para a compreensão dos principais fatores ambientais determinantes da estrutura da comunidade. Em análises fitossociológicas um método quantitativo bastante utilizado é o método de parcelas, que sempre é referido nos trabalhos como o melhor e por isso definido como base para comparação com os demais (Moreira, 2007).
Diante desse contexto, o objetivo deste trabalho é realizar a análise fitossociológica da comunidade de plantas espontâneas presentes numa área de experimentação da UFRB, utilizando o método de parcelas proposto por Daubenmire (1968).
METODOLOGIA:
O trabalho foi desenvolvido na área de experimentação 2, localizado na (UFRB) no município de Cruz das Almas,BA.Adotou-se para o levantamento fitossociológico o método de parcelas desenvolvido por Daubenmire (1968). Foram estabelecidas 8 unidades amostrais de 1m x1m dispostas em linha reta, eqüidistantes 1 metro.Nestas contabilizou-se todos os indivíduos vivos, considerando-se um indivíduo a partir do surgimento de parte aérea acima do solo que estivesse inserida na área da parcela. Coletou-se amostras de cada indivíduo para uma posterior identificação, em seguida foram herborizados e identificados com auxílio de literatura especifica e de especialista.Nomeou-se morfoespécie as espécies não identificadas a gênero.
Os dados obtidos em campo foram calculados com auxílio do software Microsoft Excel 2003, as freqüências absolutas e relativas, densidades absolutas e relativas e o índice de valor de importância para cada espécie, permitindo a construção de uma tabela fitossociológica.
RESULTADOS:
Foram encontradas 21 espécies distribuídas em 16 gêneros e 14 famílias.
A família com maior índice de importância foi a Asteraceae. Nas 8 parcelas amostradas, Richardia grandiflora apresentou a maior freqüência relativa (10,81%) seguida de Centrarerum sp, Mollugo verticilata, Brachiaria decubens todos com (9,46%). A espécie com maior densidade relativa foi Centrarerum sp, com (27,9%) seguida de Mollugo verticilata (19,39%), Portulaca oleraceae (12,29%) e Richardia grandiflora (6,62%).
Centrarerum sp., apresenta maior índice de valor de importância (37,36%) seguido de Mollugo verticilata (28,84%), Portulaca oleraceae (19,05%) e Richardia grandiflora (17,43%).
CONCLUSÃO:
Pode-se concluir que em áreas de pastagens, Asteraceae, Rubiaceae e Violaceae são famílias importantes, tanto em riqueza de espécies quanto em importância na comunidade.
O método de parcela mostrou-se muito positivo na utilização do estudo fitossociológico de plantas espontâneas, sendo de suma importância, pois é uma metodologia que não requer muita dificuldade e os resultados são rápidos e em pouco espaço de tempo.
Palavras-chave: Ecologia, Fitossociologia, método de parcelas.