Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia
C. Ciências Biológicas - 8. Genética - 5. Genética Vegetal
Divergência genética entre acessos do banco de germoplasma de bananeira.
Lívia Pinto Brandão UFRB
Cíntia Paula Feitosa Souza UFRB
Valquiria Pereira Martins UFRB
Edson Perito Amorim EMBRAPA/CNPMF
Sebastião de Oliveira e Silva EMBRAPA/CNPMF
Janay Almeida dos santos Serejo EMBRAPA/CNPMF
1. Estudante de Pós graduação em Recursos Genéticos Vegetais; UFRB; FAPESB
2. Estudante de Agronomia, UFRB, PIBIC; FAPESB
3. Estudante de Pós graduação em Ciências Agrárias, UFRB, CAPES
4. Eng. Agr., D.Sc., Pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical
5. Eng. Agr., D.Sc., Pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical
6. Eng. Agr., D.Sc., Pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical
INTRODUÇÃO:
A banana é a segunda fruta mais consumida no Brasil, perdendo apenas para a laranja. Em relação ao seu papel social, a cultura é explorada por pequenos empresários rurais, permitindo a fixação de mão-de-obra no campo, uma vez que constitui-se em uma fonte de renda contínua para estes agricultores (Mascarenhas, 1997). A Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical possui um Banco Ativo de Germoplasma de banana obtido a partir da introdução de germoplasma nacional e coletas em nível internacional Este banco possui variabilidade genética suficiente para a grande maioria das características agronômicas de interesse, distribuída entre os diferentes acessos, no entanto, precisam ser reunidas num mesmo indivíduo. Desta forma, o germoplasma de banana está bem representado no BAG banana, apresentando um grande potencial para uso no pré-melhoramento genético da espécie (Silva et al., 1997).A caracterização agronômica é uma atividade essencial no manejo de coleções de germoplasma, pois consiste em tomar dados para descrever, identificar e diferenciar acessos dentro de espécies (Querol, 1988; Vicente et al., 2005).
O objetivo deste trabalho foi estimar a divergência genética entre 48 acessos de bananeira utilizados pelo programa de melhoramento da Embrapa Mandioca e Fruticultura tropical.
METODOLOGIA:
O experimento foi conduzido na área experimental da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical em Cruz das Almas, BA, no delineamento inteiramente casualizados com cinco repetições. Foram caracterizados 48 genótipos de bananeira incluindo diplóides (AA, BB), triplóides (AAA e AAB) e tetraplóides (AAAA e AAAB) baseaso em 68 caracteristicas qualitativas e quantitativas. As avaliações foram realizadas em campo, utilizando-se descritores morfológicos. Os dados foram submetidos à análise multivariada utilizando-se das técnicas de análise de agrupamento, por meio do algoritmo de Gower como medida de dissimilaridade e para a formação do agrupamento, utilizou-se o método de UPGMA. As análises estatísticas foram realizadas utilizando-se os softwares R e NTSys.
RESULTADOS:
A análise de agrupamento dos acessos pelo método UPGMA, revelou a formação de sete agrupamentos, três compostos por três acessos (G2: Malbut NBF 9 e Microcarpa; G3: Balbisiana franca, Musa balbisiana e Butuhan; G5: Akondro Mainty, FC e Kaipó), um formado por 29 acessos (G1: Prata Baby, Tuugia, Imperial, Pipit, 050012-02, 02803-01, Khi Maeo, Burmannica, Zebrina, PA. Abssinea, Birmanie, F3P4, Lidi, F2P2, Tambi, Krasan Saichon,Yagambi Km 5, PV0376, Prata Graúda, Yangambi n°2, Pa. Pathalung, Pioneira, Ouro da mata, Towolee, Nam, Kongo, Tongo Dok Mak, Niyarma Yik e Adimoo); outro formado por dois acessos (G4: Musa laterita e Royal), um grupo formado por apenas um acesso (G6: Grand Naine), um composto por quatro (G7: Prata Anã, Prata Batico, Prata Anã Rene e Walha).
Os valores de dissimilaridade genética encontrados entre os 48 acessos analisados variaram de 0,179 a 0,728 , sendo menor entre os acessos Prata Batico e Prata anã e a maior dissimilaridade observada foi entre o híbrido 050012-02 e FC. Os valores de dissimilaridade genética encontrados entre os 48 acessos analisados variaram de 0,179 a 0,728 , sendo menor entre os acessos Prata Batico e Prata anã e a maior dissimilaridade observada foi entre o híbrido 050012-02 e FC .
CONCLUSÃO:
Por meio desses resultados é possível inferir sobre a existência de ampla variabilidade genética entre os acessos do banco de germoplasma de bananeira da Embrapa Mandioca e Fruticultura tropical.
Instituição de Fomento: FAPESB
Palavras-chave: Variabilidade genética, Musaspp., caracteristicas morfo-agronômicas.