Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia
D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 6. Enfermagem Psiquiátrica
O USO DE PLANTAS MEDICINAIS POR PORTADORES DE TRANSTORNOS MENTAIS
Cássia Lorena Cavalcante Simplício da Silva 01
Angélica Morgana Araujo Freitas 01
Franceli da Silva 02
Cíntia Armond 02
Paulo José Lima Juiz 01
Sinara Vera 01
1. CCS - UFRB
2. CCAAB - UFRB
INTRODUÇÃO:
O uso de plantas medicinais é uma prática terapêutica que sempre acompanhou o ser humano e faz parte da medicina popular. Dentre as denominações mais comuns temos o “uso de folhas, plantas ou ervas de chá”, devendo estas ser entendida como uma das práticas da medicina paralela, que engloba uma variedade de práticas adotadas de forma não sistematizada e que muitas vezes, não apresentam comprovação cientifica. Após 2006, com a aprovação da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos visando principalmente garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, em inúmeros municípios do país, equipes de profissionais de diversas áreas preocuparam-se em otimizar a utilização da fitoterapia nos serviços públicos em que atuam. Desta forma, este trabalho tem como objetivo principal conhecer o perfil dos usuários portadores de transtornos mentais de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) relativos ao uso de plantas medicinais.
METODOLOGIA:
A amostra foi constituída de 30 usuários, sendo utilizados questionários com perguntas objetivas e subjetivas, e os resultados analisados segundo a perspectiva Lefèvre (2003).
RESULTADOS:
Encontrou-se que 17,24% dos entrevistados eram homens, com idade entre 20 e 57 anos, e que 83,76% eram mulheres, com idade entre 21 e 69 anos, sendo todos de procedência urbana. Dos usuários entrevistados 100% relataram utilizar plantas medicinais sendo que, 23% utilizam a Lipia Alba (Erva Cidreira); 20,51% Cymbopogon Citratus (Capim Santo); 15,38% Foeniculum vulgare (Erva Doce) e 12,82% a Melissa officinalis (Melissa). Constatou-se ainda que 34,48% dos entrevistados utilizavam as ervas como calmante; 13,79% nas queixas de sintomas da gripe e 13,74% nas queixas de dor.
Os dados encontrados corroboram com os da própria Organização Mundial de Saúde que descreve que cerca de 80% da população mundial faz uso de algum tipo de erva na busca de alívio para alguma sintomatologia dolorosa ou desagradável. Afirmam também que os fatores econômicos e sociais são os principais estímulos ao desenvolvimento de práticas de saúde que incluam plantas medicinais.
CONCLUSÃO:
Os achados sugerem a ampliação das opções terapêuticas aos usuários CAPS /SUS, na perspectiva da integralidade da assistência à saúde, considerando o conhecimento tradicional sobre as plantas medicinais.
Instituição de Fomento: CNPQ / FAPESB
Palavras-chave: Saúde Mental, Plantas Medicinais, CAPS.