Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO ÁCIDO GIBERÉLICO EM CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DE PLANTAS DE BANANEIRA NA EMISSÃO
Mayana Matos de Oliveira 1
Carlos Alberto da Silva Ledo 2
Sebastião de Oliveira e Silva 2
Manuel Texeira de Castro Neto 3
Tamyres Barbosa do Amorim 4
Jamynne Mattos Albernaz 5
1. Mestranda em Ciências Agrárias, Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológ
2. Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical. C.P. 082. CEP: 44380-000, Cruz das Alm
3. Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas, Universidade Federal do Re
4. Graduanda em Agronomia, Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas –
5. Graduanda em Tecnologia em Agroecologia da UFRB, Cruz das Almas, BA
INTRODUÇÃO:

Uma das estratégias para solucionar problemas de manejo e fitossanitarios é a seleção de novos genótipos, resistentes à doença e que apresentem boas características agronômicas, o que tem sido alcançado em programas de melhoramento da bananeira (Silva et al., 1998, 2000).
As giberelinas (GAs) constituem um grupo de ácidos diterpenóides que regulam o crescimento e desenvolvimento de plantas (MONTEIRO, 1985). Esses reguladores são encontrados em diferentes quantidades em todas as partes das plantas, causando efeitos dramáticos no alongamento de caules e folhas em plantas intactas, estimulando tanto a divisão quanto o alongamento celular (RAVEN et al., 2000). Sabe-se que elas desempenham papel importante em diversos aspectos do crescimento e desenvolvimento vegetal, como exemplo a germinação de sementes (KHAFAGI et al., 1986; MASKE et al., 1997; CASTRO et al., 1999; SCALON et al., 2006), crescimento caulinar e desenvolvimento das flores (YAMAGUCHI e KAMIYA, 2000).
O objetivo deste trabalho foi conhecer a influência da injeção de ácido giberélico nas características morfológicas de bananeiras, na ocasião da emissão da inflorescência.
METODOLOGIA:
O projeto foi conduzido na Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical em Cruz das Almas BA. O experimento foi instalado em delineamento de blocos casualizados com quatro doses de ácido giberélico (0 mg L-1; 2 mg ml-1; 4 mg ml-1 e 8 mg ml-1 por planta), aplicadas em 4 idades diferentes (6,5; 7,5; 8,5 e 9,5 meses do plantio) para dois genótipos (Grande Naine e YB 4203), no esquema fatorial 4X4X2, totalizando 32 tratamentos com 5 repetições cada. A parcela experimental foi constituída de quatro plantas úteis, circundada por bordadura externa. O espaçamento utilizado foi de 2,5 m x 2,5 m. O ácido giberélico foi diluído em água bi-destilada.
A aplicação do regulador de crescimento foi realizada mediante uma injeção na altura do ápice do cilindro central.
RESULTADOS:
Considerando as variáveis estudadas (altura de planta, diâmetro do pseudocaule, número de folhas vivas e de perfilhos), verificou-se que estas não foram significativamente alteradas com a utilização do regulador vegetal nas doses injetadas em ambos os genótipos. Também demonstrou indiferença quanto à época de aplicação.
Os resultados indicam que o GA3 nas doses e épocas injetado não atuou sobre a divisão celular nas células meristemáticas, que são responsáveis, após diferenciação de gema lateral, pela formação de perfilhos em bananeiras (Moreira, 1987), tampouco no alongamento celular e emissão de folhas. Contudo, sabe-se que o ácido giberélico pode funcionar como regulador da divisão e alongamento das células (TAKAHASHI et al., 1988), estimulando o crescimento da planta pelo aumento da extensibilidade da parede celular (RAVEN et al., 2000), participando, desse modo, no crescimento da planta. Logo uma aplicação em diferentes idades da planta e em doses mais elevadas pode ocasionar os resultados esperados. Sugerindo maiores estudos em relação aos efeitos da giberelina injetada.
CONCLUSÃO:
As variáveis estudadas (altura de planta, diâmetro do pseudocaule, número de folhas vivas e de perfilhos), não foram significativamente alteradas com a utilização do regulador vegetal nas doses injetadas em ambos os genótipos. Também demonstrou indiferença quanto à época de aplicação. Uma aplicação em diferentes idades da planta e em doses mais elevadas pode ocasionar os resultados esperados.
Instituição de Fomento: EMBRAPA CNPq Fapesb
Palavras-chave: correlação, giberelina, Musa spp.