Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia

E. Ciências Agrárias - 6. Zootecnia - 3. Pastagem e Forragicultura

INFLUÊNCIA DA ÁREA DE MOLDURA NA ESTIMATIVA DA PRODUÇÃO ATUAL DE FORRAGEM EM PASTAGEM DE Brachiaria decumbens, Stapf cv IPEAN

Polianna dos Santos de Farias 1 Benedito Marques da Costa 2 Lavine Silva Matos 3

1. Discente de Graduação do Curso de Agronomia do CCAAB - Bolsista PIBIC/UFRB. 2. Orientador PIBIC. Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas. 3. Engenheira Agrônoma, ex- Bolsista PIBIC/UFRB.

INTRODUÇÃO:

A maior parte da produção mundial de carne, leite, lã e couro, além de outros produtos, provêm da forragem disponível nas pastagens naturais e cultivadas. Para o manejo adequado das pastagens é de primordial importância o conhecimento da produção de forragem atual, em kg/ha, apresentada pela espécie forrageira para que se possa calcular a sua capacidade de suporte. O método mais utilizado no sistema de avaliação de pastagens consiste no corte e pesagem da biomassa vegetal, incluindo a separação manual das espécies componentes. O método do corte estima a produção de forragem da pastagem pela colheita da massa vegetal em parcelas (amostras) de área conhecida, locadas no campo aleatoriamente, sistematicamente ou de maneira estratificada. O Formato e a dimensão da moldura e a quantidade de amostras interferem na precisão e exatidão do método utilizado na avaliação da massa de forragem. A definição desses critérios é de suma importância para reduzir o erro experimental decorrente da heterogeneidade das parcelas. Assim, o objetivo deste trabalho foi conhecer qual a área de moldura mais adequada a ser tomada para se obter estimativas confiáveis da produção de forragem da pastagem.

METODOLOGIA:

As amostras foram retiradas em uma área de pastagem de Brachiaria decumbens Stapf cv IPEAN do Centro Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas da UFRB. O delineamento experimental foi em blocos casualizados (DBC), sendo os tratamentos duas áreas de moldura de forma quadrática (0,25 m² e 1,00 m²) e quatro blocos (transecções lineares), utilizando-se 100 amostras. O capim foi cortado a uma altura média de 5 cm, sendo registrado o peso da forragem. Para isso, em cada ponto de amostragem ao longo da corda foi registrado o peso da forragem verde. Em cada ponto de amostragem, no lado esquerdo, foi colocada a moldura de 1,00 m², em seguida a moldura de 0,25 m², no lado direito. Amostras foram coletadas e levadas para o laboratório onde foram trituradas, parcialmente secas em estufa de circulação de ar por 72 horas. Sendo estas moídas em moinho tipo Wiley e submetidas a uma secagem final em estufa à temperatura de 105º C por quatro horas para determinações da matéria seca.

RESULTADOS:

Foi observado uma diferença estatística utilizando-se o programa SAEG (P<0,05) pelo teste F, entre as estimativas da produção atual de forragem, realizadas com molduras de 1,00 e 0,25 m². A estimativa da produção média de forragem (kg MS/ha) utilizando a moldura de 0,25 m² foi maior do que aquela utilizando a moldura de 1,00 m². Nessa circunstância, a estimativa da produção atual de forragem mais recomendável será aquela com menor erro padrão da média e menor coeficiente de variação. As estimativas feitas com a moldura de 0,25 m² apresentaram maior erro-padrão da média e maior coeficiente de variação do que com a moldura de 1,00 m², induzindo a cálculos incorretos da lotação animal prevista. Desse modo, a moldura de 1,00 m² é a mais recomendável para a estimativa da produção de forragem em pastagem de Brachiaria decumbens Stapf cv IPEAN por apresentar menor erro-padrão da média e menor coeficiente de variação.

CONCLUSÃO:

Ao se comparar estimativas da produção de forragem realizadas com molduras de 1,00 e 0,25 m² em pastagem de Brachiaria decumbens Stapf cv IPEAN, conclui-se que a de 1,00 m² é a mais recomendável por apresentar menor erro-padrão da média e menor coeficiente de variação.

Instituição de Fomento: PIBIC/UFRB

Palavras-chave: Avaliação de pastagem, pastagem, produção de matéria seca.