Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia |
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia |
Avaliação de tolerância à seca em progênies híbridas de citros |
Lizziane Gomes Leal Santana 1 Walter dos Santos Soares Filho 2 Magno Guimarães Santos 3 Edson dos Santos Souza 4 |
1. EMBRAPA - Bolsista - Lizziane Gomes Leal Santana 2. EMBRAPA - Orientador - Dr. Walter dos Santos Soares Filho 3. UFRB - Pós-graduando - Magno Guimarães Santos 4. EMBRAPA - Bolsista - Edson dos Santos Souza |
INTRODUÇÃO: |
O Brasil destaca-se como maior produtor mundial de citros e maior produtor e exportador de suco concentrado congelado de laranja, sendo a Bahia o segundo maior produtor de laranja do país, superada apenas por São Paulo. Apesar da sua importância, a vulnerabilidade da citricultura nordestina, a exemplo da brasileira, é grande, pela presença quase única da combinação laranjeira ‘Pera’ [Citrus sinensis (L.) Osbeck] / limoeiro ‘Cravo’ (C. limonia Osbeck) na sustentação dos pomares, tornando urgente um programa de diversificação de variedades. A citricultura baiana está concentrada na Grande Unidade de Paisagem de Tabuleiros Costeiros, onde são registradas precipitações pluviais anuais de 1.000 mm a 1.200 mm, distribuídas em 8 a 10 meses, com dois a seis meses de deficiência hídrica, sendo o uso de irrigação praticamente nulo. Assim, é desejável o emprego de combinações copa / porta-enxerto que, entre outras características de interesse agronômico, sejam tolerantes à seca (ORTOLANI et al., 1991). Este trabalho teve como objetivo a identificação, dentro de progênies obtidas a partir de cruzamentos controlados, de seedlings (pés-francos) híbridos com potencial para tolerância à seca. |
METODOLOGIA: |
Visando à identificação de indivíduos tolerantes à seca, foram realizadas avaliações visuais de enrolamento foliar em progênies de citros, tanto em período de estiagem (março de 2010), como em período chuvoso (agosto de 2010), no sentido de verificar se esse comportamento era devido ao estresse hídrico ou se era uma característica própria de determinados genótipos. Foi empregado o seguinte critério de notas: N: ausência de enrolamento foliar; S-: poucas folhas levemente enroladas; S: enrolamento foliar generalizado, porém pouco expressivo; S+: todas as folhas bastante enroladas; S++: enrolamento foliar muito expressivo, todas as folhas fechadas e com aspecto de secas. |
RESULTADOS: |
Observou - se que os cruzamentos LCRC x LAZZL, LCRC x TSKMA, LCRSTC x CTQT, LCRSTC x LAZC, LCRSTC x LAZSFS, LCR CNPMF 05 x LAZSFS, TSKMA x (TR x LCR), TSKMA x LAZC, TSKMA x CTQT, TSKTR x CTTR, LAZJAC x (CLEO x TRSW - 245) e LAZJAC x FTM 1137 deram origem a alguns indivíduos que apresentaram enrolamento foliar em ambos os períodos. Nessas avaliações pôde-se identificar que os cruzamentos LCRSTC x LAZSFS, LCRSTC x CTQT, LCRSTC x TSKMA, LCRC x TSKMA, LCRC x CTQT, LCR CNPMF 05 x LAZC, LCR CNPMF 05 x CTCM, LAZC x LCRC, LAZJAC x CTT foram os que resultaram em progênies mais tolerantes à seca, por apresentarem uma maior frequência de indivíduos que não manifestaram enrolamento foliar. Com base nesse caráter, os cruzamentos menos tolerantes foram: LAZJAC x (CLEO x TRSW - 245), LAZJAC x CTARG, LAZJAC x FTM 1137, LAZJAC x HTR - 116, LCRC x CTSW, LCRSTC x LAZC, LCRSTC x CTSW, LCR CNPMF 05 x LAZC, LCRC x LAZZL, LCR CNPMF 05 x LAZSFS, LCRSTC x TSKMA, LCRC x CTQT, TSKMA x (TR x LCR), TSKMA x LAZC, TSKMA x LAZSFS, TSKTR x CTTR, TSKMA x CTQT. |
CONCLUSÃO: |
Cruzamentos entre limoeiro ‘Cravo’, como parental feminino, e laranjeira ‘Azeda’, citrangequat ‘Thomasville’, tangerineira ‘Sunki Maravilha’ e citrange ‘Coleman’, estes utilizados como parentais masculinos, assim como cruzamentos entre laranjeira ‘Azeda’, como parental feminino, e limoeiro ‘Cravo’ e citrange ‘Troyer’, estes empregados como parentais masculinos, mostraram-se promissores na geração de híbridos tolerantes à seca. |
Instituição de Fomento: EMBRAPA |
Palavras-chave: Porta-enxerto, Tolerância à seca, Progênies híbridas. |