Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia
G. Ciências Humanas - 7. Educaçao - 14. Ensino Superior
Uma Experiencia de Ensino/Aprendizagem com a Lingua Inglesa para alunos cegos- Perspectiva para aquisicao da lingua
Rita de Cassia Lima de Oliveira 1
Sally Cheryl Inkpin 2
1. Universidade do Estado da Bahia
2. Professora Mestra- UNEB
INTRODUÇÃO:
O presente trabalho tem como proposta apresentar a descrição e análise de um trabalho de Estágio II, conduzido na forma de seis oficinas de quatro horas com um grupo de dez cegos na escola especial do Lions Club em Santo Antônio de Jesus, Bahia. A experiência oferece um exemplo bem sucedido do desenvolvimento de uma ponte de cooperação e atuação entre universidade e comunidade que é uma das propostas subjacentes do ciclo de quatro períodos de estágio do curso de Licenciatura em Letras com Inglês da Universidade Estadual da Bahia, Campus V. Cada ciclo dos quatro estágios segue um processo de observação, diagnosticar um problema, formular uma hipótese e montar um projeto de intervenção seguido por um processo de refletir, analisar e, no caso, que seja necessário, repensar as ações.
METODOLOGIA:
As vinte e quatro horas de oficina foram divididas em seis encontros semanais de quatro horas com os dez alunos cegos na escola de Lions Club. Nossa abordagem de ensino entrosou-se com os fundamentos do ensino-aprendizagem apresentados no item três deste trabalho. Conduzimos várias atividades lúdico-comunicativas sempre com a proposta de incentivar a troca de perguntas e respostas e a transmissão de mensagens simples entre os dez alunos-participantes e os professores-estagiários.
Nas fases de apresentação e prática da linguagem-alvo das oficinas, os conteúdos gramaticais e semânticos foram trabalhados através de uma dupla exposição auditiva e tátil-cinestética. A maioria dos conteúdos era incorporado em músicas simples do CD Just for Kids (Só para crianças) que tocamos como uma introdução musical para cada atividade
RESULTADOS:
Esses resultados são baseadas em avaliações simples de boa/excelente ou fraca. A pesquisadora-estagiária observou a participação dos alunos nas interações aos finais das oficinas e deu uma avaliação baseada na capacidade de cada um fazer e responder as perguntas necessárias, isto é, de se desempenhar bem ou não nos contextos comunicativos montados.
Vemos que o grupo todo se desempenhou bem nas atividades mais simples como Atividade 03 (Soletrar seu nome) e Atividade 04 (Apresentar sua família), mas tiveram mais dificuldade com as atividades que trabalharam os números (Atividades 1, 2 e 6). Mesmo assim, nessas atividades 80% do grupo teve um desempenho bom ou excelente. A atividade mais difícil foi o preenchimento do formulário (Atividade 5), ambos em termos lingüísticos e pela necessidade de ser alfabetizado em braille para preencher o formulário. Os alunos B, D, E, H e I tiveram um desempenho fraco na atividade.
CONCLUSÃO:
Conclui-se da descrição e dos resultados obtidos desta pesquisa que o ensino-aprendizagem de língua inglesa para alunos cegos tendo as atividades lúdico-comunicativas como eixo articulador é realmente eficaz, bastando apenas fazer as adaptações necessárias, pois os alunos são especiais, mas não incapazes de aprender.
Instituição de Fomento: Escola Lions Clube
Palavras-chave: Games, Lingua Inglesa, Cegos.