Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia |
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 3. Fitossanidade |
Crescimento e aspectos fisiológicos de mudas de bananeira sob colonização endofítica de ,Beauveria bassiana |
Pâmela de Jesus Conceição 1 Marilene Fancelli 2 Cecília H. S. Prata Ritzinger 2 Aristoteles P. de Matos 2 Maurício A. Coelho Filho 2 Carlos A. da Silva Ledo 2 |
1. Graduando Eng.Agronômica UFRB,IC FAPESB/Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical 2. Pesquisador D.Sc. Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical |
INTRODUÇÃO: |
A cultura da bananeira ocupa lugar de expressão entre as fruteiras produzidas no Brasil, apresentando importância, social e econômica, pois é considerada como fonte de alimento e subsistência principalmente para pequenos produtores em função de sua produção durante todo ano. A praga que mais compromete os bananais é a broca-do-rizoma, Cosmopolites sordidus (Germ.), devido aos severos danos causados às plantas, pois a larva faz galerias no rizoma com consequente redução na produtividade da cultura e maior suscetibilidade aos tombamentos, principalmente em plantas com cacho. O controle desse inseto tem sido normalmente realizado por meio de inseticidas de amplo espectro e longo período residual. O uso do fungo entomopatogênico Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. no controle biológico de pragas pode diminuir os custos com a aplicação de defensivos sintéticos, além de possibilitar a redução dos prejuízos causados à saúde ou ao meio ambiente. Esse trabalho foi realizado com o objetivo de confirmar a colonização endofítica de bananeira por B. bassiana e avaliar a influência desse entomopatógeno sobre o desenvolvimento e atividade fisiológica das plantas. |
METODOLOGIA: |
Mudas micropropagadas de bananeiras foram transferidas de tubetes para sacos plásticos de 1kg contendo solo esterilizado, aos 60 dias após aclimatação. As cultivares avaliadas foram Grande Naine, Prata Anã e Caipira. Duas cepas de B. bassiana Bals. (Vuil.) oriundas de Monomacra sp. e C. sordidus , coletados em Cruz das Almas e Tancredo Neves, foram utilizadas no experimento. As metodologias de inoculação das cepas testadas foram imersão, injeção e inoculação no solo. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3x3x2+3 (três cultivares de bananeira, três métodos, duas cepas de B. bassiana e três controles), com 10 repetições, sendo cada parcela constituída por uma muda. As variáveis analisadas foram porcentagem de colonização de B. bassiana, desenvolvimento, sobrevivência e parâmetros fisiológicos das plantas aos 180 dias após a inoculação. Os dados foram submetidos à análise de variância, sendo as médias comparadas pelo teste de Tukey (0,5 %). |
RESULTADOS: |
Constatou-se diferença significativa da cultivar sobre a temperatura da folha, transpiração, radiação e número de folhas. Houve efeito significativo da interação cultivar x método para diâmetro e altura de plantas e da interação método x cepa para número de folhas. No método da imersão, constatou-se a presença do fungo em 30% dos pseudocaules, 30% dos rizomas e 40% das raízes. No método da injeção, houve 38% de sua presença no rizoma, 37% no pseudocaule e 25% na raiz. No método da inoculação no solo, verificou-se 45% de sua presença no rizoma, 30% no pseudocaule e 29% na raiz. |
CONCLUSÃO: |
Para as variáveis relacionadas ao desenvolvimento da planta (diâmetro e altura), apenas a cv. Grande Naine é afetada pelo método de inoculação do fungo. A origem da cepa promove aumento do número de folhas somente quando o método de inoculação utilizado é o da inoculação no substrato. |
Instituição de Fomento: Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical e FAPESB |
Palavras-chave: praga, fungo entomopatogenico, inoculação. |