Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
AVALIAÇÃO DO FLORESCIMENTO E ESTATURA DE PLANTAS EM POPULAÇÃO F3 DE MAMONEIRA
Ronaldo Simão de Oliveira 1
Simone Alves Silva 1
Deoclides Ricardo de Souza 1
Ebenezer Souza dos Santos 1
Bruno Portela Brasileiro 1
Luciel dos Santos Fernandes 1
1. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
2. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
3. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
4. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
5. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
6. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
INTRODUÇÃO:
O melhoramento genético de plantas tem merecido destaque entre os principais benefícios da ciência para o bem estar da sociedade. Sua contribuição é alicerçada numa população exigente na redução dos efeitos ambientais decorrentes de insumos agrícolas utilizados na produção das culturas. A identificação da variabilidade e aplicação de seleção em indivíduos promissores de mamoneira indica a possibilidade de ter sucesso com o melhoramento da cultura, porque é uma planta pouco trabalhada do ponto de vista do melhoramento genético, fato este que abrange grandes perspectivas para a obtenção de cultivares que possam incrementar a redução do ciclo da cultura, redução do porte, pois tem influência direta no manejo de produção da cultura e consequentemente na produtividade (CARVALHO, 2005). Devido à grande variabilidade existente dentro da espécie, torna-se necessário um programa de melhoramento que possibilite o aproveitamento deste potencial, na obtenção de cultivares mais precoces, com porte reduzido, mais produtivas, adaptadas às condições adversas, inclusive a baixa altitude. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar em campo uma população segregante F3 para os caracteres precocidade do florescimento e estatura de planta em condições de baixa altitude.
METODOLOGIA:
Foram avaliados 264 genótipos pertencentes a uma população segregante F3, descendente de um cruzamento entre as cultivares BRS 149 Nordestina, BRS 188 Paraguaçu, EBDA MPA-17, Mirante 10 e Sipeal 28. O experimento foi feito na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia em Cruz das Almas no ano de 2009. O espaçamento utilizado foi de 3x1 m. Foi realizada a calagem, aplicando 1250 kg ha-1 e na adubação aplicou 60 kg ha-1 de N, 80 kg ha-1 de P e 40 kg ha-1 de K. O delineamento foi em blocos ao acaso com quatro repetições. Em campo avaliou-se o início do florescimento (precocidade) e a estatura das plantas. A avaliação da precocidade iniciou-se aos 45 dias após a semeadura, sendo anotada a cada dois dias durante 120 dias. A avaliação da estatura foi feita, com auxílio de régua milimetrada. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias ordenadas pelo teste de Scott e Knott. As análises foram conduzidas com auxílio dos programas Genes (2001) e SAS System (2001).
RESULTADOS:
A análise de variância permitiu identificar diferenças significativas em nível de 1% de probabilidade pelo teste F entre os genótipos. A precocidade apresentou um coeficiente de variação (CV) de 11.38%, já a estatura de plantas apresentou CV de 25.79%. Foram formados quatro grupos. O primeiro grupo teve 154 genótipos com variação de 91 a 111 (DAS), o segundo apresentou 89 genótipos com florescimento de 79 a 80 (DAS), o terceiro foi formado por 22 genótipos que variaram de 71 a 78 (DAS), o quarto grupo apresentou apenas três genótipos que variaram de 50 a 63 (DAS). Observou-se, que mais de 90% dos genótipos floresceram aos 79 (DAS). Em média, a maioria das cultivares de mamoneira florescem dos 50 aos 70 (DAS). Como a pluviosidade média da região é de 1200 mm/ano, o excesso de chuva pode ter retardado o florescimento. Para o caráter estatura de planta, foram formados dois grupos sendo que o primeiro grupo foi composto por 100 genótipos que variou de 1,56 a 2,52 m, enquanto o segundo grupo teve 164 genótipos apresentando variação de 77 a 1,55 m. Azevedo et al. (1997) descreveram que até 1,80 m a planta é considerada anã, sendo 2,00 m considerada média e acima de 2,50 m é uma planta alta. Pela análise das médias, observou-se que existem genótipos de porte anã, médio e alto.
CONCLUSÃO:
Os genótipos apresentaram variabilidade para os caracteres avaliados. Para a precocidade, observou-se que existem genótipos promissores para o melhoramento da cultura, proporcionando desenvolvimento de cultivares de ciclo curto para ambientes de baixa altitude. O caráter estatura de planta variou desde genótipos de porte anãos, até porte alto, comprovando a importância desse caráter no melhoramento da cultura, pois influencia diretamente na tecnologia de produção da cultura.
Instituição de Fomento: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
Palavras-chave: Ricinus comunis, variabilidade, melhoramento genético.