Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia
G. Ciências Humanas - 7. Educaçao - 3. Educação Ambiental
A PROBLEMÁTICA DO LIXO URBANO E SEUS IMPACTOS SÓCIOAMBIENTAIS
André Barreto Sandes 2399
1. Professor Regente da SEC Bahia - Mestre em Teo/Educação – EST- RS
INTRODUÇÃO:
O crescimento urbano, demográfico e industrial, associado ao consumismo inconsequente estimulado pela mídia, fez aumentar consideravelmente os impactos no meio ambiente.
A quantidade de lixo produzido, principalmente nos grandes centros urbanos, constitui um dos mais preocupantes problemas ambientais, uma vez que a disposição inadequada desses subprodutos acarreta prejuízos sócioambientais, além de uma grande parte dos recursos utilizados como matéria prima, não serem renováveis, necessitando, portanto, uma utilização mais racional.
Sem a pretensão de “estender conhecimento” nem de esgotar o tema, o presente trabalho tem como objetivo principal proporcionar uma grande discussão a respeito da problemática do lixo.
Tratar de questões de interesse coletivo é ter responsabilidade com as futuras gerações e com o destino da “casa comum”.
METODOLOGIA:
Esse trabalho é resultado de uma vasta pesquisa bibliográfica com autores que se dedicaram a investigar e a estudar a problemático do lixo urbano bem como seus impactos no ambiente natural e humano. Impacto esse que desencadeia uma infinidade de problemas que repercutem diretamente na qualidade de vida das pessoas que estão expostas diretamente aos subprodutos descartados nos lixões e aterros sanitários que geralmente não possuem nenhum tipo de tratamento.
Uma retrospectiva histórica, bem como observação empírica em escolas, especialmente no que se refere a reflexão crítica a respeito da questão do lixo produzido pelos estudantes e no cuidado dos educadores em estimularem uma reflexão a respeito dessa problemática serviram para ilustrar esse trabalho, uma vez que a educação ambiental, nesse contexto, assume um papel relevante no sentido de sensibilizar a sociedade civil a repensarem suas práticas, seu estilo de vida e de consumo.
RESULTADOS:
A geração de lixo está diretamente ligada com o que é produzido, consumido e descartado. Para Lutzemberguer “lixo não é outra coisa senão material bom no lugar errado”.
Esse conceito de lixo contrasta com o conceito equivocado do dicionário Aurélio que considera como tal “o que se varre da casa, da rua e se joga fora, entulho. Coisa imprestável”.
De acordo com a natureza o lixo pode ser: Domiciliar, comercial, industrial, hospitalar, público, entulho, radioativo, espacial e social (os indigentes abandonados pelo capitalismo).
Nas últimas décadas, foram criados em laboratórios, substâncias sintéticas que são largamente empregados em nosso cotidiano. O polietileno, o PVC (policloreto de vinila), acrílico, náilon e a borracha sintética passaram a ser utilizados para fabricação de pneus, botas, chinelos, tapetes, litros e outros objetos que são consumidos e descartados nos lixões.
Esses dejetos são responsáveis pela: Desfiguração da paisagem; Odores desagradáveis; Liberação de gases tóxicos, principalmente o metano, que é altamente explosivo; Produção do chorume, que tem alto potencial poluidor; Proliferação de insetos e roedores patogênicos propagadores de endemias; Além das citadas acima há os reflexos sociais que a disposição inadequada do lixo induz.
CONCLUSÃO:
Algumas medidas simples podem contribuir para reduzir o volume de lixo depositado nos Lixões como: optar por produtos que tenham embalagens biodegradáveis, reduzir o consumo de artigos descartáveis, comprar apenas o necessário, não desperdiçar alimentos, optar por sucos e alimentos naturais em detrimento dos refrigerantes, conservados e enlatados, não jogar lixo no chão, além de mobilizar a sociedade civil para uma tomada de consciência coletiva.
Palavras-chave: Meio Ambiente, Lixo Urbano, Educação Ambiental.