Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 1. Ciência do Solo
VARIABILIDADE ESPACIAL DA CONDUTIVIDADE HIDRAÚLICA EM UMA TOPOSSEQUÊNCIA SOB PASTAGEM NO SEMI ÁRIDO BAIANO
Flavia da Conceição Pinto 1
Nelson Vieria da Silva Filho 2
Ana Carolina Oliveira Fernades 3
Polianna dos Santos Farias 4
Devison Peixoto 5
José Fernandes de melo Filho 6
1. Discente do curso de Agronomia CCAB/UFRB. Bolsista Pibic
2. Mestrando do Curso de Pós-Graduação em Ciências Agrárias da UFRB
3. Discente do curso de Agronomia CCAB/UFRB. Bolsista Pibic
4. Discente do curso de Agronomia CCAB/UFRB. Bolsista Pibic
5. Discente do curso de Agronomia CCAB/UFRB. Bolsista PET
6. Professor Adjunto CCAB/UFRB. Bolsista MEC/PET. Orientador
INTRODUÇÃO:
A condutividade hidráulica K(θ) é um dos atributos do solo com maior índice de variabilidade. Esta condição decorre do grande número de fatores que a influenciam e suas possíveis interações de efeito. Assim, qualquer alteração nos atributos relacionados ao espaço poroso do solo resulta em significativo efeito na K(θ). Por isso, propriedades do solo como a textura, a estrutura, a densidade, a qualidade das argilas e a matéria orgânica, exercem influência sobre a condutividade. Por outro lado, esses atributos também estão relacionados com a interação dos fatores de formação do solo, especialmente ao material de origem e ao relevo, cuja compartimentação mostra-se bastante eficiente para o entendimento da variação dos atributos do solo. Este trabalho teve como objetivo caracterizar a variabilidade espacial da condutividade hidráulica saturada (Ko) em três classes de solos de uma topossequência sob pastagem no semiárido Baiano.
METODOLOGIA:
O estudo foi realizado na Fazenda Mombitaba no município de Santa Inês - BA, em uma topossequência com as seguintes classes de solos e posição no relevo: LAd - Latossolo Amarelo Distrófico, terço superior; PVAd – Argissolo Vermelho Amarelo Distrófico, terço médio e RYbe – Neossolo Flúvico Tb Eutrófico, terço inferior da toposequência. Foram coletadas amostras inderformadas, na profundidade de 0,0 a 0,20 m, nos pontos de cruzamento de um “grid” medindo 6 x 22 m, com espaçamento de 2 metros entre pontos, totalizando 48 pontos de amostragem por “grid”. Para tanto se utilizou um extrator de solo tipo Uhland com anéis com diâmetro de 5,1 cm, altura de 5,2 cm e volume de 102,10 cm3. A determinação da condutividade hidráulica saturada (Ko) foi efetuada com o permeâmetro de carga decrescente.
RESULTADOS:
Nas três classes de solos e posições no relevo verificou-se uma distribuição assimétrica e diferente da normal para Ko. Os resultados referentes ao teste Shapiro-Wilk a 5% também indicaram a não normalidade da distribuição. Observou-se a existência de valores extremos nas três posições e classes de solo. No entanto, a retirada dos mesmos, apesar de ter diminuído o coeficiente de variação, como ocorre na maioria dos casos já estudados, não mudou a classificação do grau de variabilidade nem a distribuição de freqüência dos dados. Também se observou que a Ko apresenta coeficiente de variação associado à posição no relevo, sendo alto (94%) no PVAd localizado no terço médio da encosta; médio (57,7%) para o LAd no topo e no RYbe (50,4%) localizado no terço inferior. Nas três posições o grau de dependência espacial (GD).
CONCLUSÃO:
Verificou-se que a Ko é um atributo do solo que possui alta dependência espacial e variabilidade, cujos índices se mostraram influenciados pela posição no relevo.
Instituição de Fomento: MINTER IFI Baiano/ UFRB
Palavras-chave: Condutividade hidráulica, Dependência espacial, Relevo.