Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia |
C. Ciências Biológicas - 7. Fisiologia - 3. Fisiologia de Orgãos e Sistemas |
ANÁLISE DA PROGRESSÃO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL PULMONAR POR ECOCARDIOGRAFIA ASSOCIADA A MUDANÇAS NO ESTRESSE OXIDATIVO. |
Fabiano Leichsenring Silva 1 Ângela Maria Vicente Tavares 2 Francisca Mosele 2 Willian Alves dos Santos 3 Susana Llesuy 4 Adriane Belló Klein 2 |
1. Professor da Faculdade Adventista da Bahia, Doutorando em Fisiologia - UFRGS 2. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 3. Bolsista de Iniciação Científica da Faculdade Adventista da Bahia. 4. Universidade de Buenos Aires. |
INTRODUÇÃO: |
Esse trabalho investigou a progressão da hipertrofia ventricular direita observando aspectos funcionais por meio de ecocardiografia, parâmetros morfométricos e oxidativos aos 7, 21 e 31 dias após indução de hipertensão pulmonar (HP) por injeção de monocrotalina (MCT) 60mg/kg i.p. e sua relação com marcadores de estresse oxidativo dos ventrículos direito (VD) e esquerdo (VE). |
METODOLOGIA: |
Utilizamos ratos Wistar com 2 meses de idade, divididos em 6 grupos, 3 controles e 3 experimentais. Após 7, 21 e 31 dias os animais foram anestesiados para realização de ecocardiografia e a seguir sacrificados e seus corações e pulmões retirados. Os VD e VE foram separados e homogeneizados para análise da razão de glutationa (GSSG/GSH), tioredoxina redutase (TrxR), peróxido de hidrogênio (H2O2) e vitaminas C. |
RESULTADOS: |
A análise morfométrica apresentou diferença no peso corporal entre os animais controles e MCT (P<0.01). Observamos congestão pulmonar e hipertrofia cardíaca do VD nos grupos MCT 21d e 31d quando comparado com seus controles (P<0.01). A ecocardiografia apresentou modificação na onda de fluxo da artéria pulmonar a partir de 21 dias após a injeção de MCT e aumento no tempo de ejeção pela artéria pulmonar (P<0.05). Observamos correlações significativas da hipertrofia do VD com pico E e PMI (r=-0.75 e r=0.75, P<0.05, respectivamente). No VD a razão GSSG/GSH esteve maior (P<0.01) no grupo MCT 31 (42.37±9.73) do que em seu controle (17.24±1.86) e o H2O2 aumentado (P<0.05) nos grupos MCT 21 e MCT 31 (0.57±0.02, 0.32±0.02 nmol/g tec, respectivamente) com relação aos seus controles (0.31±0.04, 0.26±0.02 nmol/g tec, respectivamente). Nos antioxidantes observamos que a concentração de ácido ascórbico e a atividade da TrxR não apresentaram diferenças entre os grupos no VD. No VE, aos 31 dias observamos redução (P<0.05) do ácido ascórbico (29.47±4.88 para 9.58±3.17 µM) e aumento (P<0.05) da TrxR (0,14±0,04 para 0,21±0,05 nmol/mg prot.). |
CONCLUSÃO: |
Nossos achados apresentaram uma elevação da resistência pulmonar a partir de 21 dias após a injeção de monocrotalina e uma relação do grau desta com a morfometria das câmaras cardíacas e alterações seletivas de estresse oxidativo. Aos 31 dias mostra-se repercussão sobre a função cardíaca do VE. |
Instituição de Fomento: CNPq, Faculdade Adventista da Bahia, SCT-RS. |
Palavras-chave: Hipertensão Arterial Pulmonar, Estresse Oxidativo, Ecocardiografia. |