Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia |
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia |
AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA A DOENÇAS EM PROGÊNIES DE MEIOS-IRMÃOS DE MARACUJAZEIRO-AMARELO |
Alírio José da Cruz Neto 1 Eder Jorge de Oliveira 2 Juan Paulo Xavier de Freitas 3 Leandro Ribeiro dos Santos 1 Cláudia Garcia Neves 4 Cristiane de Jesus Barbosa 2 |
1. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - Estudande de Biologia 2. Pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical – Orientador 3. Bolsista ITEC3 - Fapesb / Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical 4. Mestranda do curso de Ciências Agrárias da UFRB |
INTRODUÇÃO: |
O maracujazeiro-amarelo (Passiflora edulis Sims.) é a espécie mais cultivada do gênero Passiflora, porém a produtividade e qualidade desses cultivares vêm sendo ameaçada, em grande parte por problemas fitopatológicos. As doenças de maior importância são as de origem virótica, como o vírus de endurecimento dos frutos (causado pelo Cowpea aphid-borne mosaic vírus – CABMV ou pelo Passion fruit woodiness Virus – PWV, ambos Potyvirus) e fúngicas (antracnose e verrugose). Com a finalidade de controlar essas doenças, principalmente as fúngicas, muitos agricultores fazem o uso discriminado de agrotóxicos e fungicidas, contaminando o ambiente e o próprio consumidor, caso não sejam respeitados o período de carência do produto. A utilização de cultivares resistentes a doenças associado a técnicas de manejo naturais é a medida mais eficaz, econômica e ecológica de controle a pragas e patologias do maracujazeiro (Junqueira et al. 2006). O presente trabalho tem como objetivo avaliar a resistência a doenças viróticas e fúngicas em condições de campo em 20 progênies de meios-irmãos de maracujá-amarelo. |
METODOLOGIA: |
O experimento foi conduzido no campo experimental da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical em Cruz das Almas (BA). Foram avaliadas 20 progênies de meios-irmãos de maracujazeiro amarelo, em delineamento de blocos casualizados com 4 repetições, e parcela de 4 plantas. Para avaliar a resistência das progênies quanto aos sintomas da virose nas folhas, foram analisadas 5 folhas por parcela adotando a escala proposta por Novaes & Rezende (1999), em que 1: resistente; 2: medianamente suscetível ; 3: suscetível; 4: altamente suscetível. Nos frutos, o sintoma causado pelos Potyvirus foi avaliado numa escala em que 1: resistente; 2: ligeiramente deformado, com ou sem manchas; 3: deformado, escurecido. Com objetivo de avaliar a severidade da verrugose e antracnose nos frutos, foi adotada a seguinte escala: 1:sem sintomas; 2: até 1% lesionado; 3: de 1,1% até 3,0% lesionado; 4: 3,1% a 6%. A análise de variância e o teste de médias foram realizados com auxílio do programa Genes (Cruz, 2006). |
RESULTADOS: |
A análise de variância dos dados não evidenciou diferenças significativas para resistência a doenças nas progênies analisadas. Apesar disso, e de modo geral, as progênies apresentaram elevado coeficiente de variação, evidenciando alta variação dentro das parcelas, o que é esperado em se tratando de uma espécie essencialmente alógama. Nesta situação, a análise dos dados foi realizada apenas com base na média das notas para se verificar o patamar de resistência dos genótipos avaliados. Todas as progênies apresentaram algum grau de suscetibilidade às doenças analisadas. O sintoma da virose nas folhas mostrou-se bastante uniforme em todos os tratamentos, tendendo para a suscetibilidade (90% dos valores com nota acima de 2,1). O sintoma da virose nos frutos apresentou a menor média geral, com 1,35. Destacando os genótipos A17, B19, B20, J18, K07, K20, L06 e M20 que ficaram abaixo da média e foram menos suscetíveis a doença e até mesmo não apresentando sintomas, a exemplo da K07. Os sintomas da verrugose e antracnose nos frutos foram comuns a todas as progênies, revelando alta suscetibilidade às doenças. Entretanto, a maioria das progênies apresentou graus de suscetibilidade muito similares à testemunha que é a BRS GA (BRS Gigante Amarelo). |
CONCLUSÃO: |
Nas condições do ensaio, as progênies de meios-irmãos de maracujá amarelo apresentam suscetibilidade à virose do endurecimento, com sintomas nos frutos, e à antracnose e verrugose nos frutos, em níveis comparáveis ao da testemunha BRS Gigante Amarelo. |
Instituição de Fomento: Fapesb e CNPq |
Palavras-chave: Passiflora edulis Sims. , resistência a doenças, virose, verrugose e antracnose. |