Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia |
E. Ciências Agrárias - 5. Medicina Veterinária - 5. Reprodução Animal |
Avaliação do estresse causado por diferentes métodos de inseminação artificial em ovinos |
Alessandra Oliveira Barbosa 1 Larissa Pires Barbosa 2 |
1. Graduanda em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia 2. Prof. Dra. – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, – Orientador(a) |
INTRODUÇÃO: |
A inseminação artificial é sem dúvida, uma ferramenta extremamente importante no processo de melhoramento genético do rebanho. No entanto, uma das grandes limitações à sua expansão têm sido o custo e falhas associados ao trabalho de observação de cio por longo período de tempo, e assim, fica prejudicada o desempenho reprodutivo do rebanho, o intervalo entre partos e a produção do rebanho (MALUF, 2002).Segundo Moreira (2002), a sincronização é importante quando trabalha-se com inseminação artificial em tempo fixo (IATF), pois se torna mais preciso o momento e o mecanismo da ovulação nos animais tratados, ou seja, pela aplicação de hormônios os quais possam promover um mecanismo de feedback positivo para LH no momento final do crescimento folicular . O uso de hormônios para a indução e sincronização de estro, nos períodos de transição e estação reprodutiva, possibilita a obtenção de 90 % de fertilidade em ovelhas (MORAES et al.,2002). Dessa forma, objetivou-se avaliar o nível de estresse causado pela técnica de inseminação artificial transcervical em ovinos, por meio da avaliação de parâmetros fisiológicos. |
METODOLOGIA: |
O experimento foi realizado em uma fazenda no município de Entre Rios - BA. Foram inseminadas artificialmente 114 fêmeas distribuídas em cinco grupos (G), sendo: G1: inseminação transcervical sem utilização de dilatador cervical (n=23); G2 – inseminação transcervical com aplicação de ocitocina intramuscular (IM), (n=23); G3 – inseminação transcervical com aplicação de estrógeno IM, (n=22); G4 – inseminação transcervical com aplicação de prostaglandina F2 IM, (n= 23) e G5 - inseminação por laparoscopia (n=23), sendo que nos grupos G2, G3 e G4, a aplicação do dilatador foi feita 11 horas antes da inseminação. Analisou-se parâmetros fisiológicos como temperatura retal (TR), frequência cardíaca (FC) e frequência respiratória (FR). Para avaliação da temperatura retal foi utilizado um termômetro digital, e as frequências respiratória e cardíaca foram avaliadas com auxílio de um estetoscópio. Os parâmetros fisiológicos foram mensurados imediatamente após a realização das inseminações. |
RESULTADOS: |
Não houve diferença significativa entre os tratamentos para temperatura retal (P>0,05), embora o grupo G1 tenha apresentado uma média de TR superior aos outros grupos.As médias relacionadas á freqüência cardíaca foram de 78,61; 73,82; 79,04; 80,78 e 55,04 bat/min, para os grupos 1, 2, 3, 4 e 5, respectivamente, com o grupo 5 apresentando valores inferiores aos demais (p<0,05), mostrando que o processo de batimento cardíaco e consequentemente a irrigação sanguínea, por meio da técnica laparoscópica, foi menor do que a técnica transcervical, com ou sem aplicação de algum dilatador.Para freqüência respiratória as médias encontradas foram de 38,43; 37,64; 38,61; 38,52 e 58,87 mov/min, para os respectivos grupos 1, 2, 3, 4 e 5, com o grupo 5 apresentando diferença significativa em relação aos demais (p<0,05). |
CONCLUSÃO: |
A técnica de inseminação transcervical, com ou sem aplicação prévia de dilatador cervical, não promoveu alterações nos parâmetros fisiológicos analisados, diferindo da técnica por laparoscopia, que promoveu alterações nos parâmetros de frequência respiratória e frequência cardíaca, possivelmente pela utilização de substâncias anestésicas. |
Instituição de Fomento: CNPq |
Palavras-chave: Inseminação Artificial em Tempo Fixo, Reprodução, Transcervical. |