Reunião Regional da SBPC em Oriximiná
F. Ciências Sociais Aplicadas - 3. Economia - 7. Economia Regional e Urbana
ANÁLISE DA INFRAESTRUTURA COMO SUBSÍDIO PARA EMPREENDIMENTOS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA VOLTADOS PARA O TURISMO RURAL – O CASO DA VILA AMAZÔNIA
Francisco Valente da Silva 1,4
Juliana Cristina da Silva Ferreira 1,2,4
Jucineudo Matos de Souza 1,2,4
William de Souza Barreto 3,4
Carlos Alexandre Góes Farias 1,2,4
Maiara dos Santos Ferreira 1,2,4
1. Graduando
2. Bolsista da Incubadora Social ITESES Campus Parintins
3. Docente/Coordenador da Incubadora Social ITESES Campus Parintins
4. Universidade Federal do Amazonas - UFAM
INTRODUÇÃO:
É sabido que para o funcionamento de qualquer empreendimento, existe a necessidade de uma infraestrutura básica – que é a soma de sistemas técnicos, de equipamentos e serviços indispensáveis ao desenvolvimento de organizações e de determinada região – onde serve de suporte para que haja crescimento ou no mínimo a sobrevivência no mercado atual, este cada vez mais competitivo. Para Porter (1993), o conceito mais adequado para competitividade é a produtividade.
A pesquisa realizada foi voltada para empreendimentos de economia solidária – que exercem um conjunto de atividades econômicas (de produção, consumo, poupança e crédito) organizadas e realizadas solidariamente por trabalhadores e trabalhadoras de forma coletiva, cooperada e autogestionária. Com o objetivo saber se a infraestrutura pode impactar de alguma forma a competitividade desses empreendimentos no oferecimento de produtos/serviços para turistas e de mostrar a atual situação dos mesmos localizados na Vila Amazônia – Comunidade do Interior de Parintins-AM – que se desenvolveu essa pesquisa.
METODOLOGIA:
Para classificação da pesquisa, toma-se como base à taxionomia apresentada por Vergara (2009), que a qualifica em relação a dois aspectos: quanto aos fins e quantos aos meios. Quantos aos fins, a pesquisa será descritiva. Para Vergara (2009. p.42), “a pesquisa descritiva expõe as características de determinada população ou determinado fenômeno”. Quantos aos meios, a pesquisa será de campo e bibliográfica. Para Vergara (2009. p.43), a “pesquisa de campo é a investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-los. Pode incluir entrevistas, aplicação de questionários, testes e observação participante ou não”. Vergara (2009. P.43) diz que a “pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral”.
Para levantamento de dados referentes à comunidade de Vila Amazônia, a Incubadora de Tecnologias para Empreendimentos Sociais de Economia Solidária (ITESES) utilizou-se de uma amostra de oitenta pessoas. Então, foram aplicados oitenta formulários, cada um com setenta questões fechadas. Os dados foram tabulados como o uso do software CSpro e os gráficos foram elaborados com a utilização do PSPP.
RESULTADOS:
Através da pesquisa a ITESES obteve das seguintes informações: 1,25% dos entrevistados dizem não possuir energia elétrica em suas residências; 2,5% afirmam não ter água encanada nas suas casas; 88,75% dos entrevistados afirmam não possuir rede de esgoto instalada nas suas residências; 6,25% dos entrevistados não habitam em rua asfaltada; 96,25% dos entrevistados asseguram que a comunidade não possui coleta de lixo; 3,75% alegam não ter acesso à água tratada; 98,75% afirmam que não existe um sistema de limpeza local na comunidade; 37,5% afirmam que não existe restaurante na comunidade; 81,25% consideram o turismo como forma de geração de renda. Através de softwares como CSpro e PSPP, a ITESES pôde processar os dados em informações e assim tirar suas conclusões.
CONCLUSÃO:
Destarte, apesar da comunidade de Vila Amazônia estar situada a vinte minutos de Parintins – Cidade do interior do Amazonas conhecida mundialmente por sua cultura, valores, know-how, que é demonstrado anualmente no Festival Folclórico de Parintins, atraindo milhares de turistas –, ser ligada por estrada à Valéria – Comunidade que possui uma beleza natural exuberante, algo que atrai muitos turistas o ano inteiro – e a maioria dessa população considerar o turismo como forma de geração de renda, tem-se a percepção de que essa comunidade ainda possui uma infraestrutura básica, incompleta, inacabada, para o turismo receptivo. Isso, sem dúvidas, é um impasse para a captação de renda e consequentemente para o crescimento de empreendimentos de economia solidária, presentes na região, que tem o turismo como sua principal clientela.
Instituição de Fomento: Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP
Palavras-chave: Infraestrutura