Reunião Regional da SBPC em Oriximiná

G. Ciências Humanas - 7. Educação - 15. Formação de Professores (Inicial e Contínua)

O PAPEL DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE MUSICA DE SANTARÉM

Luciano Gama Queiroz 1 Mariana Mourão Omena 2

1. Prof. de Música – Licenciatura Plena em Música – UEPA 2. Instituto de Ciências da Educação, Programa de Matemática – UFOPA

INTRODUÇÃO:

A formação de professores encontra-se hoje em profundas mudanças tanto do ponto de vista de conceitos e valores como de práticas. A este fato, não é estranho que as competências esperadas de um professor se revelem cada vez mais complexas e diversificadas. Deste modo o tema abordado vem investigar esta formação que é de suma importância não apenas para os professores de arte, mas para todas as áreas. Pois não é apenas o professor de música que atua na educação inclusiva. A disseminação do modelo de Educação Inclusiva, nomeadamente pela inclusão de alunos com condições de deficiência na escola regular, origina novos desafios para formação de professores da educação musical. Com isso, os educadores procuram se especializar na área da Educação Inclusiva, pelo fato de que muitas crianças, adolescentes até mesmo adultos com deficiência se encontram hoje na escola de ensino regular. Ao observar algumas escolas de Santarém, pude perceber que docentes atuantes na área das artes não se apresentam capacitados para “trabalhar” com esses alunos que possuem alguma deficiência, relegando-os a segundo plano, ou seja, excluindo os mesmos do processo de ensino-aprendizagem promovendo assim, em muitos momentos, um constrangimento e fazendo com que ocorra uma evasão escolar.

METODOLOGIA:

Como primeira etapa da metodologia, realizei, durante os meses de março, abril e maio do ano de 2010, um levantamento inicial do número de participantes na qual fizeram parte da pesquisa seis professores atuantes ou que já atuaram na educação inclusiva, onde comecei a pesquisar se o profissional da educação musical do ensino regular de Santarém se encontra apto para “trabalhar” com pessoas com necessidades especiais. Foi utilizada uma entrevista estruturada com os professores participantes, onde lhe foi entregue um questionário com oito perguntas, três abertas e cinco fechadas e este sendo como instrumento de pesquisa aplicada na realização da coleta de dados, por se apresentar como melhor método para alcançar o objetivo deste trabalho.

RESULTADOS:

Partimos da ideia de que se existe uma classe homogênea, onde os alunos realizam as mesmas tarefas, terá de ceder lugar à classe heterogênea, onde pessoas com diferenças convivem e aprendem de acordo com suas particularidades. A partir daí, dizemos que neste momento existe a necessidade de se pensar em um novo modelo educacional a fim de incluir estes novos alunos com necessidades específicas. Temos de ir muito além de simples recursos didáticos na escola, há necessidade de se ter educadores verdadeiramente capacitados a atender de forma mais abrangente a diversidade educacional existente na escola. A análise de dados permite-me fazer considerações: os profissionais investigados não possuem e nem procuram qualquer tipo de formação na área da educação inclusiva; a maioria desconhece metodologias e praticas pedagógicas para trabalhar com o alunado com necessidades especiais; a universidade, como principal formadora do profissional da educação, não acarreta um currículo, segundo a amostra, que supra a necessidade apontada na pesquisa; o professor, ao se deparar com estes estudantes em sala de aula, reage com naturalidade embora sejam somente informados da presença deles pela escola. Diante disso observar-se que o educador musical não está preparado para atuar na educação inclusiva.

CONCLUSÃO:

Diante do exposto esta pesquisa teve a pretensão de mostrar aos professores como a especialização na área da educação inclusiva é importante para o processo de ensino-aprendizagem na cidade de Santarém. Sabe-se que um trabalho de pesquisa, ainda mais tratando de iniciação cientifica, nunca é conclusivo e ao debater sobre educação inclusiva muito se tem para investigar. Espero que esta pesquisa venha contribuir para a formação de muitos, e através do mesmo possa alertar aos profissionais da educação musical que atuam na educação inclusiva para buscarem uma formação continuada tendo, desta forma, um novo olhar ao se tratar da educação para pessoas com necessidades especiais.

Palavras-chave: Inclusão