Reunião Regional da SBPC em Oriximiná |
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 6. Educação Especial |
GESTÃO INCLUSIVA: SONHOS, PROJETOS E REALIDADES |
Amanda Diely Pereira da Silva 1 Carlos José de Melo Moreira 2 |
1. Instituto de Ciências da Educação/UFOPA/Pedagogia 2. Prof. Msc./Orientador – Instituto de Ciências da Educação/UFOPA |
INTRODUÇÃO: |
O movimento de inclusão está pautado numa concepção de “Educação para Todos”, conforme documentos internacionais elaborados em conferencias internacionais elaborados em conferências mundiais sobre a educação do homem contemporâneo, como Jomtien (Tailândia, 1990), em Manágua (Nicarágua, 1993), em Salamanca (Espanha, 1994) e nos mais diversos países do Ocidente e do Oriente, anualmente. Esses documentos norteiam a nova perspectiva educacional de oferecer educação para todos, apontando, muito deles, a necessidade de reformas no processo de formação do educador que passa a lecionar em turmas formadas por alunos com necessidades educacionais diversas. Além disso, o movimento educacional inclusivo defende que a escola é responsável pela aprendizagem de todos os alunos, cabendo, não somente ao professor, essa responsabilidade, mas, também, à comunidade escolar. A proposta é que cada um, dentro de seus papéis sociais, contribua para o sucesso do processo educativo da escola. A escola tradicional com o seu modo de organização, acaba se distanciando das distintas realidades de seus alunos. Ademais, esta pesquisa aprofundou e analisou a importância da gestão nesse processo de se construir uma nova escola com base igualdade perante a lei e nas diferenças individuais. |
METODOLOGIA: |
Utilizamos a pesquisa bibliográfica e o estudo de caso. Foi feito um período de observação da rotina da escola, nas reuniões pedagógicas, nas salas regulares e salas de recursos. Posteriormente realizamos entrevistas semi-estruturadas e a aplicação de questionários a um gestor, a um vice-gestor e a seis professores, sendo quadro das salas regulares e dois da sala de recurso, todos de uma escola pública de Santarém/PA, que atende este ano 863 alunos; desses 13 possuem necessidades educacionais especiais. As entrevistas foram gravadas e analisadas. Para fundamentação das análises dos dados foram utilizadas as pesquisas de Ferreira (2006); Paro (1995; 2005; 2009); Oliveira (2008; 2010; 2011); Cury (1999, 2005); Montoan (2003, 2005); Oliveira (2009) dentre outros que pesquisam sobre a gestão e a escola inclusiva. |
RESULTADOS: |
Percebemos que os gestores e alguns professores vêem a escola como inclusiva por ter alunos com necessidades educacionais especiais integrados na escola, uma sala de recursos e professora especializada para atender a tais alunos, mas reconhecem a fragilidade e falhas nesse sistema, existe a preocupação em se fazer a inclusão de forma plena e satisfatória. A diferença de posicionamentos dos professores que trabalham com os alunos com necessidades educacionais especiais com relação a dos gestores é grande, os primeiros apontam dificuldades, a falta de preparação os deixam sem rumo, sem saber como trabalhar com as especificidades de cada aluno. Uma professora nos chamou a atenção, chegamos a compará-la a uma leoa, defendendo sua cria, ela briga com unhas e dentes para que a escola chegue a tão sonhada inclusão, é uma defensora dos direitos dos alunos com necessidades educacionais especiais. É a organizadora de um projeto que visa ajudar os professores a melhor trabalhar com seus alunos, através de debates a cerca da inclusão. E assim como a maioria dos professores, vê uma grande distância entre uma escola inclusiva e a escola a qual fizemos a pesquisa, mas acredita na construção da mesma, apesar de ser um caminho longo, com obstáculos, preconceito, faltam informação e preparação dos professores, poucos investimentos do governo e outros tantos, mas que com muita determinação, cooperação e sensibilidade poderão mudar a realidade daquela escola e consequentemente dos alunos. |
CONCLUSÃO: |
Através dos resultados da pesquisa, pôde-se constatar que as dificuldades encontradas em sala de aula pelos professores são enormes, e muitos fatores contribuem para que essas dificuldades não sejam superadas, a falta de investimentos tanto na estrutura física das escolas quanto no corpo docente deixa os vulneráveis, sem saber como lidar com os alunos. A gestão tem uma participação importante nesse processo de construção de escola inclusiva, é preciso reorganizar a escola, para melhor receber e atender os alunos, o caminho a se percorrer é muito extenso, com muitas dificuldades, há muito à se fazer, apesar de já termos galgado alguns degraus dessa grande subida, o processo se dá muito lentamente. |
Palavras-chave: Gestão escolar |