Reunião Regional da SBPC em Boa Vista |
E. Ciências Agrárias - 3. Recursos Florestais e Engenhar - 6. Recursos Florestais e Engenharia Floresta |
ESTOQUES DE MACRONUTRIENTES EM COMPARTIMENTOS ARBÓREOS DE ESPÉCIES DO GÊNERO Parkia PLANTADAS SOBRE ÁREA DEGRADADA |
Karen Cristina Pires da Costa1 1 João Baptista Silva Ferraz 2 Rodrigo Pinheiro Bastos 3 Jhennyffer de Melo Alves 4 |
1. Engenharia Florestal/Acadêmica, UFAM 2. Ecologia Florestal/PhD, INPA - CPST/Pesquisador Titular 3. Ciências de Florestas Tropicais/Mestrando, INPA 4. Biologia/Acadêmica, UNINORTE |
INTRODUÇÃO: |
Os estudos dos estoques de nutrientes em espécies florestais contribuem também para a avaliação da exportação de nutrientes pela colheita florestal. Em plantios sobre solos pobres em nutrientes, tais estudos podem contribuir para a avaliação da quantidade de nutrientes estocados em diferentes compartimentos das árvores. Quando diferentes espécies florestais são plantadas sob as mesmas condições de um sítio degradado, as que apresentam os maiores estoques de nutrientes em seus compartimentos, podem também ser as mais indicadas para os plantios nestas áreas. Partindo desta hipótese, o objetivo deste trabalho foi avaliar comparativamente os estoques de nutrientes nos diferentes compartimentos arbóreos das espécies Parkia multijuga, Parkia nitida e Parkia pendula em uma área altamente degradada. |
METODOLOGIA: |
O plantio está localizado no 1º BIS-Amv (Manaus – AM) e foi realizado em março de 2006. A área de estudo foi recoberta por floresta Ombrófila Densa de Terra-Firme e desmatada, no final dos anos 70, a área foi decapeada, com a retirada de uma camada de solo de 3 m de profundidade e compactada. Em seguida foi abandonada por cerca de 30 anos, sem que houvesse o estabelecimento de uma vegetação secundária. As mudas foram plantadas no espaçamento 2 x 1 m e adubadas com 150 g de Ouromag® por cova. Para a realização do estudo foram coletadas, pelo método destrutivo, 6 árvores de cada espécie, com a idade de 4 anos. As árvores foram divididas nos compartimentos: folhas, galhos finos (Ø <10 cm), galhos grossos (Ø ≥ 10 cm), troncos, raízes médias (2 mm < Ø < 5 cm) e raízes grossas (Ø > 5 cm). Posteriormente, foram determinados a biomassa, os teores e os estoques dos macronutrientes (N, P, K, Ca e Mg). |
RESULTADOS: |
Os maiores estoques de macronutrientes foram observados nos compartimentos dos troncos para as três espécies (N = 7,81 g; P = 2,24 g; K = 6,13 g; Ca 9,25 g e Mg = 1,40 g). Os menores estoques ocorreram nos compartimentos das raízes médias (N = 2,08 g; P = 0,58 g; K= 1,00 g; Ca= 1,91g e Mg= 0,29 g). Quando se compara as três espécies entre si, P. multijuga apresentou os maiores estoques de todos os nutrientes. Tais diferenças são devidas a esta espécie ter apresentado os maiores estoques de biomassa. Os menores estoques foram determinados em P. pendula. |
CONCLUSÃO: |
Do ponto de vista de estocagem de macronutrientes nos compartimentos arbóreos, recomenda-se o plantio de P. multijuga por ser a espécie que acumula os maiores estoques desses nutrientes. |
Palavras-chave: Amazônia Central, áreas degradadas, estoques de nutrientes. |