Reunião Regional da SBPC em Boa Vista
C. Ciências Biológicas - 8. Genética - 5. Genética Vegetal
EXTRAÇÃO DE DNA DO GÊNERO Nymphaea
Raissa Maria Sampaio de Paiva 1
Flávia Antunes 2
Fabiana Granja 3
Lucilia Dias Pacobahyba 4
1. Acadêmica do curso de Ciências Biológicas da UFRR, bolsista PIBIC - CNPq
2. Bióloga, Prof.ª Dr.ª do Centro de Ciências Agrárias da UFRR
3. Bióloga, Prof.ª Dr.ª do Centro de Estudos da Biodiversidade
4. Bióloga, Prof.ª Dr.ª do Centro de Estudos da Biodiversidade
INTRODUÇÃO:
A preservação da diversidade genética é fundamental em programas de conservação, aumentando a adaptação das populações às alterações ambientais e contribuindo para a manutenção das populações a longo prazo. Assim sendo, o estudo genético das populações tem se tornado prioritário para a definição de estratégias de conservação. A família Nymphaeacea é constituída por macrófitas aquáticas de distribuição cosmopolita, incluindo seis gêneros e cerca de 60 espécies, sendo o gênero Nymphaea importante bioindicador de ambientes preservados ou pouco poluídos. O objetivo deste trabalho foi desenvolver e implantar a técnica de extração de DNA do gênero Nymphaea fazendo uma comparação entre a qualidade da extração de tecidos jovens e adultos. A coleta foi realizada no lago do Campus Experimental do Cauamé que é uma grade do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) do Ministério da Ciência e Tecnologia.
METODOLOGIA:
Os vegetais foram coletados com auxilio de bote, tesoura e luvas. As folhas jovens se encontravam na margem da lagoa sendo arrancada a planta com raiz. Foram cortadas três folhas com o talo, lavadas três vezes com água e com água destilada de forma alternada, em seguida colocada em isopor revestido com papel alumínio e contendo gelo. O mesmo procedimento foi feito com as folhas adultas que foram retiradas da região central da lagoa. O material foi transportado para o laboratório de biologia molecular da UFRR onde foram armazenadas e mantidas a -80ºC durante quinze dias, sendo transportado novamente no gelo até a Biofábrica, onde foi realizado o processo de extração do DNA. O protocolo utilizado foi o CTAB (brometo de cetiltrimetilamônio) com modificações.
RESULTADOS:
Utilizamos aproximadamente 0,3g de tecido foliar das plantas jovens e das adultas. Ainda congeladas foram maceradas em um almofariz também congelado, até obter um pó fino aonde foi adicionado 3ml do tampão CTAB e β-mercaptoetanol pré-aquecido a 65ºC no almofariz até obter uma mistura homogênea. Despejou-se o homogeneizado em 8 microtubos (4 com o tecido jovem e 4 com o tecido adulto) e incubou-se a 65ºC durante 30 minutos, agitando levemente por inversão a cada 10 minutos. Adicionou-se 1 volume de clorofórmio:álcoolisoamílico e agitou-se o tubo por inversão suavemente por 10 minutos. Centrifugou-se por 10 minutos a 5000 g. Para a precipitação utilizamos 0,6 volume de isopropanol gelado, misturando suavemente por inversão do tubo, onde observamos a formação de um precipitado. Centrifugamos a amostra por 20 minutos a 10000g e descartamos o sobrenadante. Lavou-se o precipitado com aproximadamente 1ml de etanol 70% gelado. Centrifugou-se por 3 minutos a 10000g. Secou-se o precipitado, deixando o tubo invertido no papel toalha para secagem. Diluímos os precipitados obtidos em 20 μl, 30 μl, 40 μl e 50 μl, uma concentração diferente em cada microtubo de água deionizada e autoclavada e incubou-se a 4ºC overnight.
CONCLUSÃO:
Posteriormente realizamos uma eletroforese em gel de agarose à 0,8% corado com brometo de etídio para a análise da qualidade do DNA. O mesmo não apresentou diferença em relação ao DNA extraído do tecido jovem e do tecido adulto.
Palavras-chave: Genética, Macrófitas aquáticas, PPBio.