Reunião Regional da SBPC em Boa Vista
C. Ciências Biológicas - 8. Genética - 6. Genética
Avaliação da sensibilidade à Feniltiocarbamida e sua relação com os hábitos alimentares na comunidade acadêmica da Universidade Federal de Roraima - UFRR
JOICY COMPAGNON MARIANO 1
DINA MARA MILDRED 1
RAIMUNDA NOGUEIRA PIMENTA FILHA 1
FABIANA GRANJA 2
1. Aluna de graduação em ciências biológicas - CBio- UFRR
2. Bióloga, Doutora em Clínica Médica -Professora Adjunta do CBio/ UFRR
INTRODUÇÃO:
Os seres humanos são capacitados a distinguir cinco tipos de sabores: amargo, doce, azedo, salgado e umami (originado pelo glutamato); sendo que esta habilidade é de extrema importância para a nutrição e sobrevivência dos indivíduos.
Assim, indivíduos que são insensíveis possuem genótipo homozigoto recessivo, (tt). As outras quatro formas alélicas (T1, T2, T3 e T4) expressam uma variabilidade entre indivíduos sensíveis, desde as categorias intermediarias até as mais sensíveis. A classificação do gosto foi dividida em 3 grupos: insensíveis, sensíveis e supersensíveis e foi descrita no estudo realizado por Drewnowski e colaboradores em 2001.
A PTC é encontrada em vegetais da família Cruciferae ou Brassicaceae. Esta substância também pode ser encontrada em pimenta, chá verde, vinho tinto, cerveja, café, alguns tipos de queijo e frutas cítricas devido à característica amarga.Visto que o gosto desagradável seja freqüentemente o principal critério para rejeição de alimentos os indivíduos sensíveis à Feniltiocarbamida tendem a rejeitar alguns desses alimentos, influenciando nos seus hábitos alimentares. Avaliou-se a sensibilidade gustativa a proteína Feniltiocarbomida na comunidade acadêmica da UFRR e sua associação com os hábitos alimentares, tabagismo, etilismo.
METODOLOGIA:
O teste da Sensibilidade ao PTC foi realizado de acordo com Fox (1932). Foram pingadas duas gotas na língua de cada participante de maneira crescente em concentração da proteína, até o momento que constatasse o gosto amargo da proteína, ou não. Procedeu-se posteriormente o preenchimento de um questionário anônimo com informações como idade, raça, hábitos tabagista, entre outros e o diluição da solução em que o indivíduo percebeu o gosto da Feniltiocarbamida.
RESULTADOS:
Dos 72 acadêmicos da UFRR, 20 eram homens e 52 mulheres, quanto à sensibilidade a Feniltiocarbamida, As soluções que os indivíduos mais sentiram o gosto amargo foram as soluções 03 e 04 ( sensível ) com 32 pessoas (44,4%), seguida pelas soluções 01 e 02 (supersensível) com 29 pessoas (40%) e 11 pessoas (15,5%) não sentiram (insensíveis).
Já o uso de bebidas alcoólicas constatou-se que das mulheres 23% ingeriam alguma bebida alcoólica e dos homens, 25%, observamos também que houve um número alto no consumo de café, 83% das mulheres e 75% dos homens dizem ingerirem café quase que 4 vezes ao dia.
Constatou-se que os vegetais mais consumidos foram a alface, o tomate e a couve as que possuem menor quantidade dessa substância. Os menos consumidos foram rúcula, mostarda, almeirão e rabanete
CONCLUSÃO:
Com este trabalho visamos aproximar as bases conceituais da genética ao cotidiano dos alunos utilizando o teste de sensibilidade à feniltiocarbamida (PTC), avaliando como essa predisposição genética influi nos hábitos alimentares.
Palavras-chave: PTC, Sensibilidade gustativa