Reunião Regional da SBPC em Boa Vista

C. Ciências Biológicas - 14. Zoologia - 6. Zoologia

ANÁLISE DE PARÂMETROS BIOLÓGICOS ENVOLVIDOS NA MANUTENÇÃO DE COLÔNIAS DE ANOFELINOS EM LABORATÓRIO

Hellen Mar de Oliveira Pereira 1 Wanderli Pedro Tadei 2 Iléa Brandão Rodrigues 3 Adriano Nobre Arcos 4

1. Graduanda em Biologia CPCS- Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia 2. Prof. Dr CPCS - Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia 3. Dra CPCS - Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia 4. Mestrando em Biotecnologia UEA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

INTRODUÇÃO:

A malária é uma doença que ocorre na região tropical do globo terrestre e causa problemas sociais e econômicos nas áreas em que é registrada. A malária também é conhecida por paludismo, sendo considerado um grave problema de Saúde Pública em mais de 100 países e aproximadamente 2,4 bilhões de pessoas (40% da população mundial) vivem em áreas de risco. Anualmente, sobretudo no continente africano, entre 300 a 500 milhões de pessoas são infectadas, dos quais cerca de um milhão a um milhão e meio morrem em consequência da doença (WHO, 2008). No Brasil, a malária ocorre principalmente na região amazônica. As condições ambientais favorecem a procriação do vetor, como grandes coleções de água. Outro fator que favorece a ocorrência da Malária nesta região e a grande extensão territorial, que dificulta as medidas de controle (Tadei et al., 1993, 1998). A criação de anofelinos em laboratório é importante para o desenvolvimento de pesquisa em malária já que grande parte dos trabalhos recentemente publicados requer maior conhecimento da interação vetor / parasito. E assim foram realizados estudos para se estabelecer as condições necessárias de formação de colônia de anofelinos em laboratório seguindo-se o estabelecido por Bergo et al (1990) com modificações.

METODOLOGIA:

A partir de coletas de larvas e pupas de anofelinos em criadouros naturais e artificiais na Zona Leste de Manaus, os mesmos foram transportados para o insetário do Laboratório de Malária e Dengue do INPA, estas foram mantidas em cubas de água separadas por estádios e estágios e alimentadas com ração de peixe triturada comercial até a emergência de adultos. Estes alados foram mantidos em gaiolas plásticas até serem encaminhados para uma sala de manutenção, sendo alimentados com solução açucarada a 10%, porém as fêmeas por necessitarem de sangue para maturação dos ovos, eram alimentadas com camundongos. Estes adultos ficavam soltos na gaiola de manutenção para poder ser observada a cópula e posterior postura dos ovos e obtenção de F2, F3, para dar continuidade a colônia.

RESULTADOS:

No total foram capturadas 12.144 larvas sendo 3.773 L1, 3.087 L2, 2.372 L3 e 2.912 L4 além de 2.905 pupas, dessas emergiram um total de 969 machos e 1.036 fêmeas. Constatou-se número de adultos emergentes adequados (2.005 mosquitos) para soltura na gaiola teste.

CONCLUSÃO:

Os resultados evidenciaram nas observações do comportamento de anofelinos feitas diariamente no crepúsculo, que não houve o movimento em enxame dos mosquitos para ocorrência de cópula. E portanto, não foi observado nenhuma desova desses indivíduos.

Instituição de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq

Palavras-chave: Anopheles, Biologia, Colônia.