Reunião Regional da SBPC em Boa Vista
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 2. Química Ambiental
UTILIZAÇÃO DE PARÂMETROS FÍSICOS E QUÍMICOS PARA AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DA ÁGUA EM PRAIAS DE MANAUS-AM
Adriano Nobre Arcos 1
Hillândia Brandão da Cunha 2
Wanderli Pedro Tadei 3
1. Mestrando em Biotecnologia UEA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
2. Dra CPCRH - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
3. Prof. Dr CPCS - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
INTRODUÇÃO:
As águas representam a manutenção da vida, visto que influenciam os processos que operam na superfície da Terra. Sua ampla distribuição e propriedades anômalas propiciam os fenômenos que mediam os ciclos biogeoquímicos nos ecossistemas, de modo a garantir a sobrevivência da biosfera como um todo (ESTEVES, 1998; TUNDISI, 2005; REBOUÇAS, 2002). A resolução n° 357/2005 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) apresenta os padrões de diversos parâmetros para o enquadramento das águas brasileiras (BRASIL, 2005), tornando-se uma referencia importante para o monitoramento da qualidade hídrica. A cor do rio Negro é oriunda da drenagem dos solos ricos em solutos húmicos dissolvidos, provenientes da matéria orgânica em decomposição alóctone da floresta e compõem cerca de 50% do material orgânico solúvel, sendo responsável pelas características físicas e químicas das águas do rio Negro que refletem a uma baixa condutividade e pH ácidos (entre 4,0 e 5,5) (CHAAR et al,. 1997; LEENHEER e SANTOS, 1980). O presente trabalho teve como objetivo avaliar os aspectos físicos e químicos da água em três praias do rio Negro através da comparação com padrões estabelecidos pela Resolução CONAMA n° 357/2005.
METODOLOGIA:
Os dados foram coletados nos períodos hidrológicos de Estiagem (Setembro e Outubro de 2008) e Cheia (Abril e Maio de 2009), sendo analisados os seguintes parâmetros: temperatura, pH, condutividade elétrica, oxigênio dissolvido, DBO , turbidez e sólidos totais em suspensão. As amostras eram coletadas na superfície da água com frascos estéreis nos nove pontos, distribuídos três pontos em cada praia a Montante, Meio e Jusante. Em campo foram utilizados equipamentos portáteis (Orion pH 290A+, YSI Dissolved oxygen e VWR “EC METER” 2052), para medição do pH, oxigênio dissolvido, temperatura e condutividade elétrica, onde irá auxiliar na verificação das características naturais atuais do rio Negro (APHA, 1985). Após as coletas, as amostras foram preservadas em caixas térmicas e conduzidas ao Laboratório de Química Ambiental do CPCRH/INPA para determinações de DBO pelo método de Winkler, Sólidos totais em suspensão pelo Gravimétrico e Turbidez por turbidímetro.
RESULTADOS:
Os parâmetros físico-químicos das águas mantiveram-se dentro dos valores estipulados pela Resolução CONAMA No. 357/2005 nos dois períodos. Deve-se ressaltar os valores para o pH, onde os mesmos apresentaram valores entre 3,4 e 5,1 não se enquadram na resolução, que estipula valores de 6 a 9. No entanto, estudos realizados em águas pretas da região amazônica têm mostrado que suas águas são ácidas e pouco mineralizadas, com pH variando na faixa de 3,5 a 5,5 sendo esta uma característica peculiar das águas pretas desta região.
CONCLUSÃO:
A qualidade da água muda de acordo com o período sazonal, na estiagem a matéria orgânica lançada fica mais concentrada, interferindo principalmente nos organismos aquáticos, fotossíntese e quantidade de oxigênio disponível. Entretanto, na cheia, a um grande volume de água que dilui o material concentrado, contribuindo para os ciclos biogeoquímicos.
Instituição de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq
Palavras-chave: CONAMA, biogeoquímicos, rio Negro.