Reunião Regional da SBPC em Boa Vista |
E. Ciências Agrárias - 3. Recursos Florestais e Engenhar - 2. Manejo Florestal |
ESTRUTURA DIAMÉTRICA E ESTIMATIVAS DE VOLUME, ESTOQUE E SEQUESTRO DE CARBONO EM FLORESTA OMBRÓFILA DENSA DE TERRA FIRME NO MUNICÍPIO DE CARACARAÍ - RR |
Tiago Monteiro Condé 2 Helio Tonini 3 Carolina Volkmer de Castilho 4 Juciane Casaes de Souza 5 Camile Sothe 6 |
1. Embrapa Roraima e CAPES 2. Eng. Florestal (UFV), Mestrando em Recursos Naturais (UFRR), bolsista (CAPES) 3. Eng., MSc., D.Sc. em Ciências Florestais pela UFSM, Pesquisador da Embrapa/RR, 4. Bióloga (UFSC), M.Sc., D.Sc. em Ecologia pelo INPA, Pesquisadora da Embrapa/RR 5. Acadêmica do curso de graduação em Química (UFRR), bolsista (PIBIC-CNPQ) 6. Acadêmica do curso de graduação em Engenharia Florestal (UDESC) |
INTRODUÇÃO: |
As florestas nativas submetidas ao manejo florestal de impacto reduzido são as principais fontes de produtos florestais de origem sustentável na Amazônia. Este trabalho consiste em realizar uma análise da estrutura diamétrica de uma floresta nativa localizada no sul do estado de Roraima antes de ser explorada, com intuito de gerar estimativas de volume, estoque e sequestro de carbono. A vegetação em estudo possui sua formação florestal caracterizada como: Floresta Ombrófila Densa de Terra Firme e está inserida no plano de manejo florestal sustentável de impacto reduzido da empresa Madeireira Vale Verde Ltda localizada no município de Caracaraí. |
METODOLOGIA: |
Foram instaladas 9 parcelas permanentes de 100 x 100 m (1 ha cada), totalizando 9 ha de floresta amostrada. Cada parcela permanente foi subdividida em 100 subparcelas de 10 x 10 m, sendo mensuradas todas as árvores com DAP > 10 cm. As informações coletadas em cada árvore foram: Diâmetro à altura do peito (DAP), à distância de 1,30 metros do solo; Estimativa das alturas: comercial (Hc) e total (Ht), mensuradas utilizando o equipamento Vertex; e as coordenadas cartesianas ou geográficas de posição (X e Y). A estrutura diamétrica da floresta foi avaliada utilizando-se 25 classes de diâmetro, com um intervalo de 5 cm por classe diamétrica.O volume foi calculado multiplicando-se a área basal individual pela altura e o fator de forma (0,7854), determinado pela resolução nº 411 do Conama. As estimativas do estoque e sequestro de carbono foram calculadas através da densidade média da madeira (0,670 g/cm3) e dos fatores de conversão de C (0,5) e de CO2 (3,6667). |
RESULTADOS: |
Foram mensuradas 4.370 árvores em 9 hectares, sendo observadas, em média 486 árvores por hectare. As classes com maiores freqüências de indivíduos foram: 10-15 cm (1.661), 15-20 cm (1.072) e 20-25 cm (627), correspondendo ao padrão de J-invertido comumente observado em florestas nativas. Em relação ao volume comercial, a floresta produziu em média (P<0,05): 254,03 ± 24,64 (m3/ha), com um erro amostral de 9,70 %. O volume total médio observado foi de (P<0,05): 510,00+ 74,25 (m3/ha) com um erro de amostragem de 14,56 %. O estoque de carbono estimado foi de (P<0,05): 85,43 + 12,44 (ton/ha). |
CONCLUSÃO: |
Esses resultados permitem concluir que a floresta apresentou um potencial de estocagem e sequestro de gás carbônico da atmosfera de 313,23 toneladas de CO2/ha. |
Instituição de Fomento: Embrapa Roraima e CAPES |
Palavras-chave: Amazônia Setentrional, biomassa, carbono florestal. |