Reunião Regional da SBPC em Boa Vista
G. Ciências Humanas - 7. Educaçao - 15. Formaçao de Professores (Inicial e Contínua)
PLANEJAMENTO: CAMINHO PARA O INCENTIVO E PERMANÊNCIA DOS ALUNOS DA EJA NA ESCOLA
Cláudia Piedade Rodrigues Kono 1
Elizabete Melo Nogueira 2
Georgia Patrícia da Silva 3
1. Especialista em EJA/IFRR
2. Doutoranda em Turismo Universidade Antonio de Nebrija/IFRR
3. Doutoranda em Políticas Públicas UFMA/IFRR
INTRODUÇÃO:
Este artigo busca realizar uma abordagem histórica e reflexiva, sobre a formação do Professor no Brasil, com destaque ao planejamento das atividades docentes, voltadas para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) como um poderoso instrumento para melhorar a qualidade do ensino. Observa-se que a EJA, no país, sempre foi deixada em segundo plano e consequentemente, nunca houve a preocupação em habilitar o professor especificamente para atuar nesta modalidade de ensino.
A falta de políticas públicas cria uma situação de desigualdade em relação às outras modalidades de ensino. Isto é um fator preponderante para que o professor da EJA opte pelo Ensino Regular. Dessa forma pela falta de concatenação e aprofundamento nessas questões ligadas à EJA, os profissionais que adentram nessa modalidade de ensino têm sérias dificuldades para perceber como se estabelecem as relações de trabalho entre professor/aluno.
Outro problema sinalizado na EJA, observados pela gestão e pelos alunos é a falta de um planejamento que atenda às reais necessidades dos estudantes. Neste sentido, observa-se que a falta de políticas públicas, reflete no preparo do docente sobre a realidade da EJA, o que tem acarretado sérios problemas para os educandos, no que se refere especialmente a já comprovada evasão.
METODOLOGIA:
O método e investigação utilizado foi a pesquisa bibliográfica e documental. O levantamento bibliográfico consistiu basicamente na análise de livros, artigos impressos e eletrônicos. Tais dados forma obtidos tanto em bibliotecas físicas e virtuais. Da mesma maneira foram avaliados documentos oficiais em uma instituição de ensino que oferece a modalidade EJA.
RESULTADOS:
Evidencia-se, que é necessário que haja políticas públicas mais claras no que tange a formação docente para atuar na EJA. É necessário observar que o adulto que retorna a escola esta buscando a conclusão de sua carreira acadêmica, pela exigência contemporânea, e a não adequação do sistema, acaba praticando na maioria das vezes a colocação de professores sem um preparo para esta modalidade de ensino.
Diante dessa prática cria-se um conflito que, consequentemente o aluno da EJA fica extremamente prejudicado, pois, este aluno se depara, na maioria das vezes, com um ambiente alheio a seu contexto de adulto e de jovem trabalhador. A falta de um espaço (formação-planejamento) acaba penalizando este aluno sendo esta uma das causas de sua evasão.
Quanto aos professores, é necessário e urgente adequar o planejamento de suas aulas a realidade social do aluno trabalhador, onde seja possível ao discente fazer ligação do conteúdo estudado ao mundo do trabalho. Procurando transformar suas aulas mais atrativas, contextualizadas e pouco infantilizadas, pois o aluno da EJA já passou por um processo de sucessivas exclusões, no entanto, possuem uma leitura de mundo que os ajuda a circularem na sociedade letrada e até compreenderem os signos e significados da mesma.

CONCLUSÃO:
O planejamento das atividades docentes, voltadas para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) é um poderoso instrumento para melhorar a qualidade do ensino. Este instrumento poderá mudar a realidade caótica em que se encontram as salas de aulas dessa modalidade de ensino, vislumbrando aos alunos a oportunidade de aquisição de novos conhecimentos contextualizados com a sua realidade cotidiana. Faz-se necessário que o professor planeje as aulas dentro do contexto sócio-cultural dos discentes.
Palavras-chave: Planejamento, EJA, Professor .