Reunião Regional da SBPC em Boa Vista |
G. Ciências Humanas - 8. Psicologia - 12. Psicologia |
PSICOLOGIA EDUCACIONAL E ESCOLAR - DESVALORIZAÇÃO OU DESINFORMAÇÃO – QUAL A PERCEPÇÃO DO ACADÊMICO DE PSICOLOGIA EM RELAÇÃO A ESTA ÁREA DE ATUAÇÃO? |
Andressa Silva Rebouças 1 Maria do Socorro Lacerda Gomes 2 |
1. Acadêmica - Depto. de Psicologia – UFRR 2. Profa. MSc./Orientadora – Depto. de Psicologia - UFRR |
INTRODUÇÃO: |
Tomando como referência inúmeras pesquisas que apontam o campo da Psicologia Escolar e Educacional como um dos mais tradicionais, mas um dos menos escolhidos durante a formação universitária percebeu-se a necessidade de verificar como os acadêmicos de Psicologia da Universidade Federal de Roraima - UFRR concebem as possibilidades de atuação e percebem esta área de formação. Esta pesquisa científica teve seu foco na investigação das especificidades existentes na qualificação profissional do psicólogo escolar/educacional, especialmente no que concerne à consolidação de uma identidade promotora de uma atuação que privilegie o desenvolvimento de competências tendo em vista a complexidade do sistema educacional brasileiro. Neste sentido, buscou-se conhecer como os acadêmicos de Psicologia da UFRR concebem as possibilidades de atuação dos psicólogos escolares e identificar quais as questões em Psicologia Escolar que lhes suscitam interesse de investigação, assim como, a análise da oferta curricular nesta área objetivando sugerir disciplinas quando da reformulação curricular. |
METODOLOGIA: |
Trata-se de uma pesquisa qualitativa que utiliza o método de análise descritivo. A primeira etapa consistiu no levantamento e revisão bibliográfica. Em seguida procedeu-se ao sorteio aleatório de dez (10) acadêmicos por turma. A coleta dos dados foi realizada através de entrevista semi-direcionada. Participaram desta pesquisa trinta (30) acadêmicos, destes 80% foram do sexo feminino e 20% do sexo masculino, assim distribuídos: 2006.2, 2007.2 e 2008.2, correspondendo a aproximadamente 30% do total de alunos matriculados. A entrevista contou com perguntas abertas e fechadas, divididas em tópicos denominado: à antes e após o ingresso no curso de psicologia. Esta separação objetivou especificamente verificar objetivou especificamente verificar como e se havia modificado a percepção por parte dos acadêmicos referente a esta área de atuação após o ingresso no curso. |
RESULTADOS: |
Os resultados apontam para: antes do ingresso, não houve diferença entre os grupos quanto às informações e conhecimento, pois 90% não conheceram em suas escolas a atuação do psicólogo escolar; já no que se refere a após o ingresso do curso, é unânime a opinião de que a atuação na escola é muito importante e que se trata de uma atividade ampla e complexa, pois se trata de Educação, mas que, por sua vez, não é um campo valorizado. Quanto às áreas de interesse dos acadêmicos, a psicologia escolar é pouco atrativa e aparece significativamente reduzida, mesmo quando comparada a sub-áreas como a psicologia hospitalar, por exemplo. Ainda neste estudo buscou-se perceber qual a compreensão das funções do psicólogo escolar, os relatos denotam muita desinformação, visto que, até aquele momento só reconhecem o Estágio Básico II, com ênfase em psicologia escolar, como a melhor, senão a única referência sobre a área. O último dado analisado diz respeito ao interesse em trabalhar no ambiente escolar que é bastante divergente, porém, apesar de muitos dizerem não se identificar, afirmam que esta concepção pode se modificar no decorrer do curso. |
CONCLUSÃO: |
Antes do ingresso no curso, não houve diferença entre os grupos. Já no que se refere a após o ingresso, quanto às áreas de interesse, a psicologia escolar aparece significativamente reduzida, mesmo quando comparada a sub-áreas como a hospitalar. Em relação à compreensão das funções desse psicólogo, os relatos denotam desinformação, visto que, até aquele momento tinham como única referência o Estágio Básico II, com ênfase escolar. Conclui-se que há tanto a desinformação quanto a desvalorização. |
Instituição de Fomento: PIBIC |
Palavras-chave: desinformação, desvalorização, percepção. |