Reunião Regional da SBPC em Boa Vista |
C. Ciências Biológicas - 3. Bioquímica - 1. Biologia Molecular |
DIAGNÓSTICO DO VÍRUS DA RAIVA POR RT-PCR EM MORCEGOS DE MUNICÍPIOS DO ESTADO DE RORAIMA |
Mayara Nunes Cardoso 1 Maria Claudete Vasconcelos dos Passos 2 Sérgio Alberto Nascimento Melo 3 James Rodrigues de Sousa 4 Pablo Oscar Amezaga Acosta 5 |
1. Bolsista PIBIC/Acadêmica de Ciências Biológicas/UFRR 2. MSc. em Biologia Tropical/Entomologia/INPA 3. Veterinário/Faculdades de Ciências Agrárias do Pará/ 4. Mestrando em Recursos Naturais/PRONAT 5. Bioquímico Farmacêutico/MAGDERGU-Alemanha |
INTRODUÇÃO: |
A raiva é uma doença viral, infecciosa aguda transmitida por mamíferos. È importante para a saúde pública pela severidade de 100% de letalidade. O vírus da raiva é transmitido ao homem, bem como outros mamíferos através da inoculação por meio da saliva de animais infectados. Tem ciclos epidemiológicos de transmissão: urbano, rural, silvestre aéreo e silvestre terrestre. Atualmente o número de pesquisa do vírus rábico em morcegos tem aumentado consideravelmente, devido às campanhas de vacinação de cães e gatos. Além do mais os morcegos apresentam peculiaridades que os tornam potencialmente bons transmissores do vírus, pois são os únicos mamíferos voadores, podem percorres longas distâncias, alcançam longo espectro de transmissão, dentre outros. Em Roraima desde o ano de 2003 há ocorrência de agressões por morcegos hematófagos em humanos e animais na região do Baixo Rio Branco, municípios Caracaraí e Rorainópolis. Apesar do risco epidemiológico envolvido nas agressões, não há registro oficial no sistema de informação em saúde de casos de raiva em humanos. Considerando os aspectos epidemiológicos da raiva apresentados e os eventos de agressões por morcegos foi realizada esta pesquisa com o objetivo de desenvolver uma técnica molecular de identificação do vírus da raiva no Estado. |
METODOLOGIA: |
Foram utilizados morcegos coletados e identificados pela equipe da SEAPA-RR, dentro do fluxo de controle da população de morcegos. Utilizaram-se controles positivos vírus standard da raiva (CVS) e como controles negativos homogenato de cérebro de camundongo normal (CCN). O vírus da raiva é um RNA fita simples, por isso primeiro realiza-se a extração do RNA com isotiocianato de guanidina. A seguir a transcrição reversa para confecção da fita de cDNA realiza-se por incubação do RNA com primers específicos e dentre outros reagentes, a enzima transcriptase reversa AMV-RT. O cDNA é submetido a uma reação em cadeia da polimerase (PCR) onde é amplificada uma região de 249 pares de bases (pb), que identifica o vírus da raiva. Os processos de transcrição reversa e reação em cadeia da polimerase foram otimizados a partir do protocolo do Instituto Pasteur que é baseada em Tordo et al., (1996) e Sambrook et al., (1989) modificado. |
RESULTADOS: |
A otimização parcial da técnica de RT-PCR resultou em uma em uma redução de 50% dos volumes da RT e da PCR, alem de economia dos principais reagentes. Foram coletados 27 morcegos entre 2009 e 2010 provenientes de diferentes municípios do Estado, 21 hematófagos (Desmodus rotundus), 5 frugívoros e um não identificado. As análises dos 27 morcegos coletados não demonstraram positividade para o vírus rábico. |
CONCLUSÃO: |
Os resultados negativos das análises dos morcegos não representam a totalidade, pois, o número de amostras é relativamente pequeno e a captura de morcegos com redes é eficiente para capturar morcegos sadios. A análise do vírus rábico deve ser contínua sendo conveniente para a vigilância epidemiológica do Estado a continuação desta pesquisa por aumentar o número de amostras em morcegos e em outros mamíferos. |
Instituição de Fomento: FEMACT-RR |
Palavras-chave: vírus rábico, RT-PCR , morcegos. |