Reunião Regional da SBPC em Boa Vista |
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia |
REAÇÃO DE GENÓTIPOS DE BANANEIRA A ISOLADOS DE MYCOSPHAERELLA FIJIENSIS |
Vaneza Silva dos Santos 1 Rogério Eiji Hanada 2 Rafael Maciel dos Santos 3 Luadir Garparotto 4 Gilvan Fereira da Silva 5 |
1. Bolsista PIBIC/CNPq/INPA 2. Orientador CPPF/INPA 3. CPAA/Embrapa Amazônia Ocidental 4. CPAA/Embrapa Amazônia Ocidental 5. CPAA/Embrapa Amazônia Ocidental |
INTRODUÇÃO: |
A Sigatoka-negra, causada pelo fungo Mycosphaerella fijiensis , é a doença mais destrutiva da bananeira em todo o mundo, cujas perdas nos bananais podem chegar a 100%. A variabilidade de M. fijiensis no que se refere à interação hospedeiro-patógeno é um assunto que apresenta poucos estudos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a reação de dois cultivares de bananeira quando inoculados com diferentes isolados de M. fijiensis. |
METODOLOGIA: |
Os genótipos de bananeira Prata anã e Pacovan foram inoculados com fragmento micelial de 23 isolados. A inoculação de 105 fragmentos de micélio.ml-1 foi feita por atomização na face inferior das folhas 1 e 2 nas duas cultivares utilizadas como diferenciadoras. Para cada isolado foram utilizadas duas mudas. As avaliações foram iniciadas a partir de 30 dias após as inoculações com intervalos semanais até os 80 dias, a severidade da doença nas folhas das mudas inoculadas foram avaliadas mediante a utilização de uma escala diagramática onde 0-sem sintomas; 1-menos de 1% da lâmina foliar com sintomas (presença de estrias e/ou superior a 10 manchas); 2-de 1 a 5% da lâmina foliar com sintomas; 3-de 6 a 15% da lâmina foliar com sintomas; 4-de 16 a 33% da lâmina foliar com sintomas; 5-de 34 a 50% da lâmina foliar com sintomas. A partir dos resultados obtidos as cultivares foram classificadas como resistentes, moderadamente resistente e suscetível com escalas de 0 a 6. |
RESULTADOS: |
Dos 23 isolados de M. fijiensis inoculados, o genótipo de Prata anã apresentou resistência a 8 isolados e suscetibilidade a 3 e o genótipo de Pacovan apresentou resistência a 4 e suscetibilidade a 8. Aos demais isolados apresentaram resistência moderada. Portanto houve reação de virulência diferenciada nas cultivares, quando inoculados com isolados de diferentes procedências e genótipos. Isto pode ser justificada devido ao número de variedades cultivadas no Brasil, ser maior do que na maioria das outras regiões produtoras de banana do mundo. Além disso, a diversidade climática em que a fruta é produzida de norte a sul do país, a presença da reprodução sexuada na espécie, o fato de M. fijiensis ser um fungo heterotálico, também, são fatores que aumentam a capacidade de variação do patógeno e, consequentemente, a capacidade de adaptar-se a situações diversas, como favorecendo a criação de novas raças com combinações inéditas de genes de virulência. |
CONCLUSÃO: |
Os resultados comprovam a existência de variabilidade fisiológica de M. fijiensis |
Instituição de Fomento: cnpq |
Palavras-chave: Fungo fitopatogênicos , Raças fisiológicas, Severidade. |