Reunião Regional da SBPC em Boa Vista |
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 2. Química Ambiental |
RIOS DA AMAZÔNICA: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA CLASIFICAÇÃO DE ACORDO COM SEUS USOS PREPONDERANTES |
Maria do Socorro Rocha da Silva 1 Hillândia Brandão da Cunha 1 Sebastião Átila Fonseca Miranda 1 Núbia Gomes Abrantes 2 Genilson Pereira Santana 3 |
1. Intituto Nacional de Pesquisas da Amazônia 2. Universidade Federal de Roraima 3. Universidade Federal do Amazonas |
INTRODUÇÃO: |
Na bacia Amazônica, se destacam inúmeros rios que possuem características químicas distintas das águas de outras regiões do país devido à geologia, a geomorfologia, os diferentes tipos de vegetação e o clima. Também os processos e mecanismos existentes e sua inter-relação com processos biogeoquímicos, provocados pelo intemperísmo contribuem na caracterização das massas de água na região. Além do fato de as concentrações das águas do rio Amazonas serem progressivamente diluída da Região Andina para o Oceano Atlântico. A Resolução 357/ 2005 do CONAMA, estabelece classificação dos corpos de água e diretrizes, que visa estabelecer metas de qualidade para os corpos de água. No seu artigo 42, diz: “Enquanto não aprovados os respectivos enquadramentos, as águas doces serão consideradas classe 2.Comparando as condições encontradas nos rios da bacia amazônica com esta resolução, águas ácidas com pH menor que 6 e as elevadas turbidez, torna-se difícil enquadrá-los seguindo legislação vigente. Neste pretende-se apresentar características das águas naturais da Amazônia/Brasil, visando estabelecer padrões que servirão como subsídios para a classificação dos recursos hídricos em função de seus usos preponderantes. |
METODOLOGIA: |
Para atingir o objetivo foram amostrado 53 sítios na bacia Amazônica (rios Solimões, Amazonas, os Ariaú, Alalaú, Anamá, Cauamé, Curua-Uma, Arapiuns, Japurá, Jutai, Jauapery, Iça, Itacutu, Manacapuru, Moa, Mucajaí, Preto da Eva, Purus, Urubu, Uraricuera, Uatumã, Xingu, Tapajós, Trombetas, Nhamundá Walpes). Na calha principal do rio Solimões e Amazonas com 18 coletas, as coletas realizadas em diferentes período de cheia e estiagem. Avaliada as variáveis pH, cor, turbidez e o oxigênio dissolvido segundo técnicas internacionais |
RESULTADOS: |
No art. 15 do CONAMA 357, estabelece uma faixa para pH: de 6 a 9, a cor verdadeira até 75 mgPt/L, para a turbidez até 100 UNT e oxigênio com concentrações não inferior 5 mg/L, comparando o estabelecido pela lei vigente, as águas naturais dos rios da Amazônia, pH variando de 4,4 (Trombetas, jul/2009) a 7,6 (Japurá, maio/2009), a cor em mgPt/L de 20,2(rio Branco, jul/2009) a 122,67 (rio Negro, jun/2009), turbidez de 1,0 a 118,04 (rio Amazonas, Itacoatiara) e oxigênio mostrando uma variação de 2,18 (rio Iça, abr/2009) a 9,76 mg/L(rio Tapajós, jul/2009. As águas dos rios da bacia Amazônicas não se enquadra nos padrões estabelecidos para águas doce, classe II. |
CONCLUSÃO: |
Para atender regiões onde as características físicas e químicas são bastante heterogêneas, e que hoje não se enquadram na legislação vigente, é necessário avaliar com critérios padrões regionais que possam ser adaptado a legislação, ou seja, permitindo o enquadramento na distribuição e no uso das águas para a região Amazônica. |
Instituição de Fomento: MCT/CNPq/CT - Amazônia No 055/200 |
Palavras-chave: Bacia Amazônica, hidroquímica, caracterização química. |