Reunião Regional da SBPC em Boa Vista
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
Efeito de doses de pó de rocha no desenvolvimento inicial de mudas de camu-camu (myrciaria dubia h.b.k. Mcvaugh)
Marina Keiko Welter 1
Valdinar Ferreira Melo 2
Helen Thaís Pereira de Góes 3
1. Eng.Ag.,Msc. Em Produção Vegetal/UFRR: mar.kw_yassue@hotmail.com
2. Eng.A,Dsc.,Prof.do Dep.de Solos e Engenharia Agrícola/UFRR:valdinar@yahoo.com.br
3. Graduanda em Eng.Agronomica/ UFRR, Bolsista CNPq/PIBIC: htpg_@hotmail.com
INTRODUÇÃO:
A produção de camu-camu baseia-se na atividade extrativista na região Amazônica. Dentre as diversas qualidades do fruto, destaca-se o elevado teor de vitamina C. O incentivo ao cultivo com formas de manejo adequado e adubos alternativos podem viabilizar o sistema de produção. O pó-de-basalto tem sido uma alternativa ao uso de fertilizantes químicos, fornecendo lentamente macro e micronutrientes, além de equilibrar o pH do solo. O objetivo no presente trabalho foi avaliar o desenvolvimento inicial de mudas de camu-camu (Myrciaria dubia H.B.K. McVaugh) em função de doses de pó de basalto.
METODOLOGIA:
O experimento foi conduzido em casa de vegetação do Centro de Ciências Agrárias/UFRR. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com cinco repetições em esquema fatorial 5x2+1, sendo cinco doses de pó de basalto (0, 0,42, 1,04, 2,08, 4,17 e 8,33 g Kg-1), duas granulometrias (0,05 e 0,10 mm) e uma testemunha. As unidades experimentais constituíram-se de vasos de polietileno de 14L, sendo utilizado um Latossolo Amarelo Distrófico textura média e vermicomposto como substrato. A incubação do solo nos vasos teve duração de 120 dias, e após esse período, fez-se o transplante. Após seis meses do plantio foram determinados: altura das mudas, diâmetro do coleto, número de ramos e biomassa seca da parte aérea e da raiz. A partir destes dados foram calculados os índices morfológicos.
RESULTADOS:
As doses de pó influenciaram o desenvolvimento das mudas de camu-camu, sendo que as doses 2,08, 4,17 e 8,33 g kg-1 produziram mudas de melhor qualidade e desenvolvimento comparado ao obtido nas doses 0,42, 1,04 g kg-1 e na testemunha. Dados de altura das plantas e diâmetro do coleto foram crescentes com o aumento das doses. Com relação à ramificação, as mudas da testemunha e das doses 0,42 e 1,04 g kg-1 produziram maior número de ramos comparado às demais doses. A correlação altura/diâmetro foi significativa e positiva a 1%, onde, à medida que as doses aumentaram, a correlação também aumentou. Os valores de biomassa seca da parte aérea, de raízes e total foram crescentes com as doses e houve significância entre as granulometrias. A granulometria 0,10mm, com dose 8,33 g kg-1 produziu mudas com maior biomassa seca de raízes. A melhor relação biomassa seca de raízes/biomassa seca de parte aérea foi obtida nas doses 4,17 e 8,33 g Kg-1 da granulometria 0,05mm, e na dose 8,33 g Kg-1 da granulometria 0,10mm.
CONCLUSÃO:
Os tratamentos sem pó de basalto (0 g Kg-1) e a dose 0,42 g Kg-1 produziram mudas de menor qualidade na granulometria 0,05mm e na 0,10mm. A menor granulometria testada, (0,05mm) apresentou mudas com melhor qualidade e crescimento comparado com a granulometria 0,10mm, de acordo com os indicadores analisados. Maiores desenvolvimento das mudas de camu-camu foram obtidas aplicando-se as doses 4,17 e 8,33 g Kg-1 de pó de basalto.
Instituição de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq
Palavras-chave: caçari, rochagem, propagação.