Reunião Regional da SBPC em Boa Vista

A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 2. Química Ambiental

INFLUÊNCIA ANTRÓPICA DE COMUNIDADES RURAIS NO RIO TARUMÃ MIRIM, AFLUENTE DO RIO NEGRO/AM

Andréa Clara Gomes de Leiros 1 Sebastião Átila Fonseca Miranda 1 Antônia Gomes Neta Pinto 1 Domitila Pascoaloto 1 Sergio Roberto Bulcão Bringel 1

1. Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

INTRODUÇÃO:

Na região amazônica, riquíssima em recursos hídricos, nas últimas décadas, temos testemunhado a degradação de muitos destes ambientes em virtude do processo de urbanização desacompanhado da devida infra-estrutura. Com as informações que dispomos no presente, podemos tomar providências para prevenir novos danos em decorrência da expansão horizontal dos centros urbanos, como também para as pequenas comunidades espalhadas na região, com potencial para aumentar o contingente populacional. Comunidades que dantes se encontravam distantes dos centros urbanos, hoje têm melhorado as interações com estes centros devido as facilidades de acesso criadas (maior disponibilidade de transportes). Com isto intensificaram-se as trocas de produtos e serviços, bem como o interesse dos moradores das cidades em adquirir propriedades nestas comunidades, cujos ambientes naturais começam a receber pressão. Existem várias destas comunidades no município de Manaus que, inevitavelmente tenderão aumentar os fluxos já existentes de material e serviços com a parte urbana do município. Este trabalho visa avaliar as condições físico-químicas das águas da bacia do rio Tarumã-Mirim, afluente do rio Negro, que banham as comunidades rurais de São Sebastião, Nossa Senhora de Fátima e Livramento.

METODOLOGIA:

Foram coletadas, no período de setembro de 2006 a novembro de 2007, amostras de água no trecho do rio Tarumã Mirim que banha essas comunidades. As coletas foram feitas na superfície com garrafa tipo Van Dorn e acondicionadas em frascos de polietileno (de cerca de 1 litro) e para determinação das variáveis temperaturas do ar e da água (em campo) e pH, condutividade elétrica, alcalinidade, demanda química de oxigênio (DQO), demanda bioquímica de oxigênio (DBO), nitrato, amônia, ferro e os coliformes fecais e totais conforme (Laboratório de Química Ambiental do INPA) segundo técnicas & CLYMO (1971) e APHA (1985).

RESULTADOS:

Observamos nas águas do rio Tarumã Mirim, no trecho que abastece as comunidades citadas, variação do íon amônio de 0,30 mg/L a 0,40 mg/L. Esta oscilação é normal para ambiente ainda natural, com grande área de vegetação. A cor e a turbidez, relacionam-se com as substâncias dissolvidas e em suspensão. Nos local estudados, os valores médios de Cor oscilou entre 95,2 e 134,9mgPt/L, enquanto a turbidez teve mínimo de 2,6 e máximo de 5,a NTU. Os altos valores de cor são devidos a matéria orgânica natural oriunda da vegetação local.

CONCLUSÃO:

Os dados mostram que as alterações observadas, até o momento, não oferecem grandes riscos à qualidade da saúde destes ambientes. No entanto, devemos tomar providências para que a ocupação destas bacias, bem como as atividades nelas praticadas, sigam orientações basedas em informações científicas contidas em trabalhos como este.

Instituição de Fomento: Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Estado do Amazonas

Palavras-chave: hidroquímica, comunidades rurais, recursos hídricos .