Reunião Regional da SBPC em Boa Vista
C. Ciências Biológicas - 5. Ecologia - 4. Ecologia
PRODUÇÃO DE LITEIRA E ESTOQUE DE CARBONO E NUTRIENTES EM UMA ÁREA DE FLORESTA INTACTA NA AMAZÔNIA
Suzi Lima Viana 1,2
Adriana Castro 1,3
Flavio Jesus Luizao 1,4
Jorge Luis Enrique Gallardo-Ordinola 1,5
1. INPA
2. Bolsista CNPq
3. Bolsista PCI/MCT
4. Prof. Dr. Co-orientador - CPEC
5. Prof. Dr. Orientador - CPEC
INTRODUÇÃO:
A liteira (e, de modo mais amplo, a matéria orgânica produzida pela floresta) pode ser um elo fundamental no fechamento do ciclo do carbono na floresta. E para entender a contribuição dessa liteira fina para o fluxo de carbono e nutrientes para o solo. O objetivo deste trabalho é,avaliar a produção anual de liteira e o estoque de nutrientes da camada de liteira, ligando-o à sua distribuição espacial em parcelas de florestas madura dura em posições topográficas distintas: platô, vertente e baixio, além de analisar a concentração e os estoques de C na Amazônia Central.
METODOLOGIA:
O estudo foi realizado na Reserva Biológica do Cuieiras, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), no km 34 da estrada vicinal ZF-2. A produção de liteira foi medida em coletores de PVC de 50 x 50 cm a cada quinze dias. Para a coleta da camada de liteira foi feita uma coleta, utilizando um quadrado de 20 cm x 20 cm.
RESULTADOS:
A produção anual de liteira fina (t.ha-1) (formada por folhas, galhos, materiais reprodutivos e resíduos) das três posições topográficas estudadas foi de8,26 no platô, 8,22 vertente e 7,44 no baixio Não houve diferenças significativas, devido à alta variabilidade da produção. Em relação à concentração de carbono e nutrientes na liteira entre os períodos estudados houve diferenças significativas somente para o fósforo, que foi maior no período chuvoso do que no seco, para o platô e vertente. A entrada de nutrientes através da liteira fina mostrou diferenças estatísticas entre os períodos sazonais, com as maiores entradas encontradas no período seco. A liteira estocada sobre o solo não diferiu significativamente entre as três posições topográficas: platô (3631 kg.ha-1), vertente (3526 kgha-1) e baixio (3814 kg.ha-1).
CONCLUSÃO:
Porém, o acúmulo relativo foi maior no baixio, que teve produção de liteira mais baixa e que tem taxa de decomposição mais lenta, conforme indicada por uma razão C/N sempre maior do que na liteira do platô e da vertente.
Instituição de Fomento: CNPq
Palavras-chave: Liteira, Macronutrientes, Amazonia.