Reunião Regional da SBPC em Boa Vista
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 8. Química
UTILIZAÇÃO DO JOGO “COMPLETE & RESPONDA” PARA O ENSINO DE FUNÇÕES ORGÂNICAS NO ENSINO MÉDIO
Éverton da P. Santos 01
Gezyel B. de Aquino 01
Elber Ricardo A. dos Santos 01
João Marcos. S.dos Santos 01
Josevânia T. Guedes 02
Lenalda Dias Dos Santos 03
1. Faculdade Pio Décimo
2. Profª MSc. Faculdade Pio Décimo - Orientadora
3. Profª MSc. UFRB - Orientadora
INTRODUÇÃO:
A utilização de novas metodologias no ensino de química de outras ciências tem proporcionado um novo ambiente de aprendizagem uma vez que com aplicabilidades de novas formas de aprender e ensinar, se observa em sala de aula e fora dela a contextualização dos conteúdos abordados bem como a diminuição das dificuldades de aprendizagem por parte dos alunos.
De acordo com Chassot (1990), é de fundamental importância que o ensino de química seja relevante ao estudante, isto é, que seja relacionado ao seu dia-a-dia, como assuntos que afetam sua vida e a sociedade em que se insere.
Segundo Soares (2004), o jogo é um instrumento que desperta o interesse, devido ao desafio que ele impõe ao aluno. O aluno desafiado busca satisfação a superação de seu obstáculo, pois o interesse precede a assimilação.
Assim, através do jogo o aluno distingue e formar conceitos, por meio da leitura e dinamismo no universo lúdico do próprio jogo. Partindo desse pressuposto, criou-se o jogo “Complete & Responda” no intuito de promover uma aprendizagem agradável e significativa aos alunos.
Este trabalho objetiva relatar a utilização do jogo como ferramenta motivadora para o ensino de Funções Orgânicas, uma vez que o lúdico pode ser uma ferramenta facilitadora para o processo de ensinoaprendizagem.
METODOLOGIA:
Para realização desta atividade foram necessárias duas horas/aula, realizadas durante o período de estágio curricular do Curso de Licenciatura em Química da Faculdade Pio Décimo, em uma escola pública de Aracaju-SE, com alunos da 3ª série do Ensino Médio.
Dividiu-se a turma em várias equipes e distribuíram-se os conteúdos entre elas, as quais deveriam pesquisar e apresentar aos colegas seu entendimento sobre as funções orgânicas a elas designadas.
Após a exposição foi iniciado o jogo mantendo-se os grupos. Para a realização desta atividade foram necessárias duas horas/aula.
O jogo era baseado em perguntas contextualizadas acerca da utilização de funções orgânicas encontradas no cotidiano, no qual um representante do grupo tinha o direito de tentar a sorte ao jogar um dado, o qual apresentava as opções: Uma vogal; Duas vogais; Uma consoante; Duas consoantes; Uma dica; Passe a vez.
RESULTADOS:
A partir da aplicação do jogo, foi possível observar a surpresa dos alunos ao descobrirem a grande importância do assunto no cotidiano.
Percebeu-se que o jogo estimulou a interação da turma com o assunto e a busca por informação sobre o tema.
A cada lacuna preenchida os alunos sentiam-se mais interessados em responder, pois no momento que o representante do grupo discutia quanto ao preenchimento das lacunas, o outro grupo já especulava, em silêncio, a resposta. Não houve dispersão da turma durante a realização da atividade.
Os comentários dos alunos remetem a relevância da aplicação do jogo no ensino de funções orgânicas:
Não sabia que os ésteres estão presentes em balas e bombons.
Não sabia que a cafeína é um estimulante.
Nunca estudei Química desta maneira.
Gostei do jogo, pois aprendi Química do dia-a-dia brincando.
CONCLUSÃO:
A valorização do lúdico na utilização de novos recursos no ensino de química apresenta um resultado significativo no tocante ao aprendizado dos alunos e de qualquer pessoa que queira aprender independente da classe social, idade etc.
O jogo pode intervir tanto na interatividade e dinamização das aulas de Química quanto na produção e abstração de conhecimentos pelos alunos de modo que os tornem seres críticos em relação ao meio sociocultural que se inserem.
Instituição de Fomento: Faculdade Pio Décimo
Palavras-chave: Ensino Aprendizagem, Lúdico, Funções Orgânicas.