Reunião Regional da SBPC em Boa Vista |
A. Ciências Exatas e da Terra - 6. Geociências - 3. Geografia Física |
ANÁLISE DA COMPARTIMENTAÇÃO GEOMORFOLÓGICA NO TOPO DA SERRA DO TEPEQUÉM – RR |
Franzmiller Almeida Nascimento 1 Stélio Soares Tavares Júnior 2 Luíza Câmara Beserra Neta 3 |
1. Aluno de Graduação em Geografia da UFRR, Bolsista de Iniciação Científica-CNPq 2. Prof. Dr. Depto. de Geologia da UFRR - Orientador 3. Prof.ª Dr.ª Depto. de Geografia da UFRR - Orientadora |
INTRODUÇÃO: |
O Estado de Roraima é marcado por uma diversificação de paisagens que constroem um panorama único na Amazônia brasileira. Áreas planas, serras, florestas e savanas, se destacam formando um mosaico característico da região. Neste cenário se destaca a paisagem localizada na porção norte do Estado, formada por unidades de relevo que podem atingir cerca de 2.800 metros de altitude. Dentre estas elevações destacam-se os relevos tabulares conhecidos regionalmente por tepuis, como o Monte Roraima, serras do Tepequém e Uafaranda. Estes relevos estão inseridos dentro da unidade morfoestrutural Planalto Sedimentar Roraima, que são estruturados em rochas sedimentares do Supergrupo Roraima, sendo formado essencialmente, por arenitos e conglomerados de idade Paleoproterozóica. Dentre estes relevos, segundo a literatura atual, a serra do Tepequém, destaca-se como uma estrutura de relevo tabular com altitudes máximas de até 1100 metros. O estudo tem como finalidade o mapeamento de feições morfoestruturais no topo da Serra do Tepequém através de técnicas fotointerpretativas em imagens de sensores remotos e produtos integrados multifontes, a fim de melhor caracterizar as feições geomorfológicas, através de dados altimétricos e de campo, que formam a paisagem da serra do Tepequém. |
METODOLOGIA: |
A compreensão dos processos morfoestruturais atuantes na construção e sustentação dessas formas de relevo, constitui-se em um passo importante para o entendimento da evolução da paisagem local. Os procedimentos aplicados seguiram metodologias desenvolvidas a partir de analises mono e estereoscópica para o reconhecimento na imagem dos elementos naturais da paisagem (drenagem e relevo), através da caracterização das propriedades texturais desses elementos, as diversas formas de arranjos dos elementos texturais obtidas e integradas via técnicas de processamento de imagens digitais geraram produtos como os mapas morfoestruturais e de formas de relevo combinados com modelo numérico de terreno referente à altimetria e inclinação de vertentes que confirmam a ocorrência de variadas formas de relevo. |
RESULTADOS: |
Conforme os dados coletados através dos pontos cotados, elaboração do modelo digital de elevação e dos dados de declividade, mostrou um acentuado desnível altimétrico nas estruturas que compõe o topo da serra. A interpretação dos produtos integrados e dos perfis topográficos descaracteriza a forma de relevo tabular para o topo da serra. As análises dos modelos digitais em conjunto com estudos dos lineamentos estruturais foram importantes para o mapeamento das áreas de alto e baixo estrutural apresentadas no mapa morfoestrutural. Todos estes dados foram importantes para a interpretação geomorfológica, que identificou formas de relevos variadas localizadas no topo da serra, dentre as quais se destaca; a) escarpas erosivas; b) encosta; c) morros residuais alinhados, orientados nas direções NE-SW e E-W e d) planícies intermontanas. |
CONCLUSÃO: |
A compreensão dos processos morfoestruturais atuantes na construção e sustentação dessas formas de relevo, constitui-se em um passo importante para o entendimento da evolução da paisagem no topo da serra do Tepequém. |
Instituição de Fomento: CNPq |
Palavras-chave: morfoestruturas, fotointerpretação, serra do Tepequém. |