Reunião Regional da SBPC em Boa Vista
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
COMPETIÇÃO DE GENÓTIPOS DE MAMONA DE PORTE BAIXO EM DOIS AMBIENTES NO CERRADO DE RORAIMA
Juliana Maria Espíndola Lima 1
Oscar José Smiderle 2
1. Acadêmica de Ciências Biológicas da Faculdade Cathedral, bolsista PIBIC-CNPq
2. Eng. Agr., D.Sc., Pesquisador Embrapa Roraima, orientador
INTRODUÇÃO:
Na região nordeste do estado de Roraima encontra-se, aproximadamente, 1,5 milhão de hectares de cerrados propícios para a produção de grãos e culturas industriais como a mamona. As condições climáticas são apropriadas à exploração das culturas, com uma precipitação média anual de 1.608 mm e temperatura média anual de 27,0ºC. Hoje o maior interesse na produção de mamona no Brasil é o biodiesel, pois o petróleo, carvão e gás natural que são as principais fontes de energia consumida no mundo, não são fontes inesgotáveis necessitando então do desenvolvimento de alternativas renováveis e ecologicamente corretas, a mamona é uma dessas alternativas. O objetivo do trabalho foi comparar seis genótipos de mamona cultivados em diferentes ambientes no cerrado de Roraima.
METODOLOGIA:
Os cultivos foram realizados nos campos experimentais Água Boa em Boa Vista e Serra da Prata em Mucajaí, pertencentes a Embrapa Roraima em 2009. Utilizou-se ensaios de competição de genótipos compostos por seis tratamentos. O delineamento utilizado foi o de blocos casualizados, com quatro repetições. As parcelas foram compostas por uma linha de dez metros de comprimento com a cultura plantada no espaçamento de 1,0 x 1,0 metro. Área útil da parcela é de 8 m2. Avaliou-se a altura do caule, altura da planta, diâmetro de caule, número de racemos, comprimento de racemos, produtividade média e análise de teor de óleo e produtividade de óleo das sementes. O teor de óleo foi determinado em análise não destrutiva pelo método de espectrometria de onda continua no equipamento de Ressonância Magnética Nuclear – RMN.
RESULTADOS:
A altura do caule e de planta obtidas no experimento da Serra da Prata (92,4 e 199,3 com, respectivamente) foram superiores aos do Água Boa (86,4 e 100,2 cm, respectivamente). Para diâmetro de caule, número de racemos e comprimento de racemos o experimento Água Boa (19,8 cm, 14,0 und e 20,9 cm, respectivamente) apresentou valores superiores aos dos obtidos na Serra da Prata (2,6 cm, 4,4 und e 11,95 cm, respectivamente). A produtividade do Água Boa (642,1 kg ha-¹) foi inferior da obtida no Serra da Prata (1.771 kg ha-¹), o teor de óleo não apresentou variação entre os ambientes, sendo Serra da Prata 44,5% e Água Boa 44,9%. A produtividade média de óleo mostrou-se superior para o cultivo no Serra da Prata (790,8 kg ha-¹).
CONCLUSÃO:
Conclui-se que no campo experimental Serra da Prata em 2009, os seis genótipos de mamona de porte baixo se desenvolvem melhor e com maior produtividade do que quando cultivados no campo experimental Água Boa.
Instituição de Fomento: EMBRAPA RORAIMA
Palavras-chave: Ricinus communis, produtividade, teor de óleo.