Ana Maria Fernandes graduou-se em Ciências Sociais, Sociologia e Antropologia pela Universidade de Brasília (UnB) em 1972 e recebeu o título de mestra em Sociologia em 1977, na mesma universidade. Em 1987, defendeu sua tese doutorado em Sociologia na Universidade de Oxford, no Reino Unido, e, em 1995 concluiu o pós-doutorado no Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos EUA, no Programa de Ciência, Tecnologia e Sociedade. Na UnB, foi professora titular por trinta anos, de 1974 até 2003. Em seus últimos anos, atuava como pesquisadora associada sênior sobre temas como educação, desenvolvimento científico e tecnológico, pesquisa, tecnologia e inovação.
Por sua inestimável contribuição, recebeu em 2002 o título de Comendadora da Ordem Nacional do Mérito Científico, e tronou-se membro da Grã-Cruz da ONMC em 2007.
Seu estudo sobre a comunidade científica, a SBPC e o Estado brasileiro foi agraciado em 1988 com o Prêmio de Melhor Tese de Doutorado da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs). A tese se tornou livro, intitulado “A Construção da Ciência no Brasil e a SBPC” e publicado pela editora UnB em 1990, com relançamento em 2009. Na sinopse da obra, o cientista e divulgador científico José Reis descreve que o trabalho de Fernandes “constitui preciosa contribuição à compreensão da ciência no Brasil e ao papel que a SBPC tem desempenhado”.
Nascida em 1948, no ano em que a SBPC foi criada, Fernandes também participou ativamente da história desta entidade por muitos anos. Foi secretária regional da SBPC no Distrito Federal, no período de estruturação de criação da Fundação de Amparo à Pesquisa do DF. Entre 2001 e 2003 foi vice-presidente da SBPC, durante a gestão da presidente Glaci Zancan, e, de 2003 a 2005, foi secretária, na gestão do presidente Ennio Candotti.