Resumo aceito para apresentação na 66ª Reunião Anual da SBPC pela(o): SBPC - SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA |
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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 6. Educação de Adultos |
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CONCEPÇÕES INTUITIVAS SOBRE FÍSICA TÉRMICA E A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: UM ENSAIO EXPERIMENTAL UTILIZANDO O ENSINO PARTICIPATIVO PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA |
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Douglas Guilherme Schmidt - SEE-SP
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INTRODUÇÃO: |
Refere-se à aplicação de proposta pedagógica para capacitar alunos portadores de deficiência (auditiva, visual, mental e motora) pertencentes ao programa de Educação de Jovens e Adultos – EJA para realizar a conexão entre os elementos do cotidiano com os conceitos da física térmica sobre a diferença entre o calor e a temperatura. O cotidiano dos alunos com deficiência é também fortemente influenciado pela ciência. No que se refere ao conteúdo de Física Térmica procuramos apresentar um modelo de estrutura da matéria que possa explicar, sob o ponto de vista microscópico, as propriedades e processos estudados de troca de calor por meio da condução térmica (condutividade térmica). É possível que alunos com deficiência também possam perceber sensações distintas de quente e frio como quando colocam os pés no piso de cerâmica e no tapete, ou ainda na mão na madeira da porta e na maçaneta embora estejam à mesma temperatura ambiente. É um estudo qualitativo sobre processos térmicos com sistematização de observações e identificação de propriedades. |
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OBJETIVO DO TRABALHO: |
Trabalho de investigação e pesquisa em ensino que trata da aplicação de proposta de plano e projeto pedagógico que possa melhorar o acesso de alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) com deficiência (auditiva, visual, motora e mental) aos conhecimentos de Física Térmica utilizando um ambiente de ensino participativo. |
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MÉTODOS: |
Esta pesquisa utilizou material que está sendo desenvolvido pelo Grupo de Trabalho em Ensino de Física GT USP-Escola do Instituto de Física da USP sobre o Ensino em Ambiente Participativo para a Sala de Aula baseado no livro Como as Pessoas Aprendem Cérebro, mente, experiência e escola de John D. Bransford e organizadores: conceito espontâneo de Calor e Temperatura com aplicações em alunos portadores de deficiências do ensino médio no programa EJA na escola da rede estadual de ensino da Diretoria Centro-Sul de São Paulo E.E. Lasar Segall foi desenvolvido em parceria com Wilson Barbosa de Araújo um módulo de ensino partindo da proposta de uma investigação sobre as concepções intuitivas de alunos de ensino médio em relação aos conceitos de calor e temperatura com proposição de questionário e a apresentação de atividades experimentais utilizando os artigos. Quanto mais Quente melhor de Eduardo Fleury Mortimer e Luiz Otávio F. Amaral ambos da UFMG e Uma Investigação sobre as Concepções Alternativas de Alunos do Ensino Médio em relação aos Conceitos de Calor e Temperatura de André Ferrer P. Martins e Francisco Josélio Rafael ambos da UFRN. Na aplicação desta metodologia tive o auxílio dos bolsistas do PIBID do IF-SP (Instituto Federal de São Paulo) onde atuo como supervisor. |
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RESULTADOS E DISCUSSÃO: |
A ideia de um estudo vinculado à experiência cotidiana dos alunos com alguma deficiência do EJA ampliando o campo de atuação do ensino desta ciência é rica na análise qualitativa dos conceitos espontâneos e intuitivos dos alunos no que se refere aos efeitos das trocas de calor abordando a variação de temperatura. Procuramos verificar conhecimentos prévios, profundidade, metacognição, transferência entre contextos, mecanismos de Feedback e grau de participação no sentido de delinear um caminho seguro no conhecimento científico para que ficasse estimulante e enriquecedor para estes alunos. Lógico que existiram e existem entraves, mas acredito que podem ser superados pelo aprimoramento do estudo em desenvolvimento pelo Grupo de Trabalho GT-USP Escola do IFUSP.Atingir um grupo mais diversificado de alunos e poder dentro da nossa possibilidade da Escola Pública promover uma formação científica incluindo efetivamente estes alunos no universo da ciência e servir de auxílio para outros pesquisadores que venham a ter uma proposta de levar o conhecimento a todos é a grande vantagem desta pesquisa em relação ao meu trabalho habitual como professor. |
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CONCLUSÕES: |
Conseguimos aliar o caráter prático transformador da Física com a teoria partindo de um conteúdo palpável do cotidiano dos alunos com relação a elementos, máquinas e processos da Física Térmica utilizando uma prática pautada em ambiente de ensino participativo. Com isto os alunos com alguma deficiência que estão no programa EJA puderam adquirir a capacidade de conectar conhecimentos da física térmica com o mundo do seu dia-a-dia podendo criar inter-relações e levar a conceitos mais amplos para analisar qualquer fenômeno da natureza. Com isto atingimos uma educação científica de forma mais democrática. Podemos conseguir um processo de ensino-aprendizagem mais eficaz e eficiente dentro desta proposta em atingir todos os alunos em especial aos alunos que precisam de necessidades especiais desde que possamos elaborar um mapeamento das dificuldades sentidas pelos alunos e procurarmos unir o conhecimento de física com este cotidiano. |
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Palavras-chave: EJA - Educação de Jovens e Adultos, Alunos com Deficiência, Experiências sobre Física Térmica. |