66ª Reunião Anual da SBPC
Resumo aceito para apresentação na 66ª Reunião Anual da SBPC pela(o):
SBPC - SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA
E. Ciências Agrárias - 3. Recursos Florestais e Engenharia Florestal - 3. Conservação da Natureza
Caracterização físico - químicas da água do Balneário Canela Fina, Cruzeiro do Sul- AC.
Luan de Oliveira Nascimento - Graduando em Engenharia Agrônimica/ Universidade Federal do Acre (UFAC).
Fabricio Rivelli Mesquita - Orientador/ Professor Doutor em Nutrição Animal/ Universidade Federal do Acre (UFAC).
Antônio Uelisson Lima do Nascimento - Graduando em Engenharia Florestal/ Universidade Federal do Acre (UFAC).
Gleisson de Oliveira Nascimento - Doutorando em Ciências de Florestas Tropicais/ Instituto Nacional de Pesquisas da Amazonia (INPA).
Otávi Augusto Silva Ribeiro - Professor Assistente Mestre em zootecnia/ Universidade Federal do Acre (UFAC).
INTRODUÇÃO:
A água nas condições naturais, no seu ciclo hidrológico sofre alterações na sua qualidade, em razão das inter-relações do ecossistema com os recursos hídricos, no entanto as alterações mais intensas decorrem do uso da água para suprimento dos seres humano. A qualidade da água, os parâmetros físicos e químicos, tais como: potencial hidrogeniônico (pH), temperatura e a turbidez, são de grande importância pois a presença de alguns elementos ou compostos na água bruta pode inviabilizar o uso da mesma. O Balneário Canela Fina situado no município de Cruzeiro de Sul-Ac, localizado próximo à Universidade Federal do Acre/Campos Floresta, é frequentado por banhista aos finais de semanas, sendo um ponto turístico de referência e que sofre pressão antrópica em vários pontos ao longo do seu curso.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O presente trabalho tem como objetivo avaliar as condições físico-químicas da água do Balneário Canela Fina, quanto ao seu pH, sua temperatura e sua turbidez, no intuito de diagnosticar a qualidade da água neste local.
MÉTODOS:
As coletas foram realizadas ao longo do curso do Balneário Canela Fina nos meses de outubro de 2012 a abril de 2013. Foram consideradas duas profundidades (superfície d’água e a 50 cm de profundidade) em cinco pontos distintos, sendo estes marcados com auxílio de Global Positioning System (GPS), totalizando 60 amostras. Os pontos 1 e 2 eram localizados antes da área utilizada pelos banhistas; os pontos 3 e 4 eram localizados na área utilizada pelos banhistas e o ponto 5 era localizado após a área utilizada pelos banhistas. Após cada coleta, as amostras foram acondicionadas e preservadas de acordo com as normas do Manual Prático de Análise de Água da Fundação Nacional de Saúde e encaminhada para o laboratório do Departamento de Pavimentação e Saneamento de Água do Estado do Acre (DEPASA), onde as análises foram realizadas imediatamente. As avaliações físico-químicas realizadas foram: pH, temperatura e turbidez. Os dados obtidos foram submetidos à analise de variância associada ao teste de Tukey (p<0,05), onde os tratamentos foram as duas profundidades, e os pontos as repetições (2x5).
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Para análise de pH, foi observado diferença significativa (p<0,05) no ponto 3, onde a 50 cm de profundidade (5,66) foi obtido menor valor comparado a superfície (5,92). Esses valores de pH condizem com o trabalho realizado por HORBE e OLIVEIRA (2008) que ao pesquisarem a química de igarapés de água preta do nordeste do Amazonas encontraram valores entre 4,44 à 6,21. As características físicas da água do Balneário do Canela Fina, temperatura e turbidez, não apresentaram diferença significativa (p>0,05) entre os tratamentos. Porém a temperatura na superfície da água apresentou média máxima de 27,69°C e mínima de 25,69°C. Por outro lado, com 50 cm de profundidade a temperatura atingiu uma média máxima de 27,74°C e mínima de 25,68°C. Na superfície da água a turbidez se encontrou com média máxima de 40,11 NTU e mínima de 14,01 NTU. Do mesmo modo à 50 cm de profundidade a turbidez chegou a uma média máxima de 39,46 NTU e mínima de 15,18 NTU. No entanto conforme a legislação nº 357 do CONAMA (2005), as variáveis físicas das águas do Balneário do Canela Fina se encontram com padrão adequado para fins de recreação, não podendo ser utilizada para o consumo humano.
CONCLUSÕES:
Conclui-se que a atividade dos banhistas e moradores influenciaram na diferença dos valores de pH no local de maior atividade do balneário. A vegetação ao longo do curso do leito do igarapé foram essências para que os valores de temperatura e turbidez não apresentassem grandes diferenças.
Palavras-chave: Potencial hidrogeniônico, Qualidade da água, Turbidez.