66ª Reunião Anual da SBPC
Resumo aceito para apresentação na 66ª Reunião Anual da SBPC pela(o):
ABRASCO - Ass. Bras. de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 3. Saúde Pública
COBERTURA VACINAL E FATORES ASSOCIADOS À NÃO VACINAÇÃO NO MUNICÍPIO DE JORDÃO-ACRE (2012)
Débora Sara de Almeida Cardoso - Bolsista de Iniciação Científica/Universidade Federal do Acre - UFAC
Cristieli Sérgio de Menezes Oliveira - Mestre em Saúde Pública/Orientadora/Universidade Federal do Acre - UFAC
Thiago Santos de Araújo - Mestre em Saúde Pública/Colaborador/Universidade Federal do Acre - UFAC
Cláudia Machado Alves Pinto - Especialista em Obstetrícia/Colaboradora/Universidade Federal do Acre - UFAC
INTRODUÇÃO:
O Programa Nacional de Imunizações (PNI), ao longo de quatro décadas, contribuiu sobremaneira na redução da mortalidade por doenças transmissíveis no Brasil. A identificação da cobertura vacinal e dos fatores relacionados ao retardo ou a falta de imunizações é fundamental para a adequada monitorização dos programas de vacinação e para se identificar e atingir as crianças que ainda não são vacinadas adequadamente. Esse estudo dedica-se a avaliar a cobertura vacinal das crianças menores de cinco anos no município de Jordão-AC, verificando a proporção dessas crianças que possuem esquema vacinal em dia, bem como conhecer os fatores associados ao descumprimento do calendário vacinal.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O presente estudo avaliou a cobertura vacinal e fatores associados a não vacinação.
MÉTODOS:
Trata-se de um estudo transversal de base populacional sendo avaliada uma amostra aleatória de 200 crianças menores de cinco anos, residentes nas zonas rural e urbana do município de Jordão-AC. Para análise estatística utilizou-se o teste de qui-quadrado, adotando-se p<0,05.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
As coberturas vacinais observadas no município estão abaixo da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, exceto para BCG cuja meta preconizada é 90% e foi observada cobertura de 97,6% e a Tríplice Viral, cuja meta é 95% e a cobertura foi de 95,2%. Constatou-se que somente 13,6% das crianças tinham esquema vacinal completo em dia. Configuram-se como fatores estatisticamente associados à não vacinação: a idade da criança (p=0,00) e a cor do pai (p=0,02). O fato de a população de baixa renda estar com o esquema vacinal em menor atraso quando comparada à de maior renda, revela uma superação das ações de cuidado do sistema de saúde ao alcançar as populações consideradas mais vulneráveis no município estudado. Apesar disso, observou–se que dos 11 imunobiológicos analisados, somente BCG e Tríplice Viral alcançaram a meta de cobertura vacinal estipulada pelo PNI, (90% e 95%, respectivamente) estando todos os outros com baixa cobertura.
CONCLUSÕES:
A efetividade do programa de imunização, mensurada por meio da cobertura vacinal de uma população condiciona-se tanto pelos serviços de saúde ofertados como pelas características da população. Dada a baixa cobertura vacinal e a reduzida porcentagem de crianças com esquema vacinal completo em dia apresentadas em nosso estudo, as estratégias apontadas para o incremento de tais coberturas direcionam-se na qualificação das ações desenvolvidas pelo serviço de atenção primária- tanto assistenciais quanto administrativos - e o fortalecimento das atividades de educação em saúde de maneira que alcancem a plenitude da cobertura vacinal e sua administração oportuna.
Palavras-chave: saúde, infância, imunização.