66ª Reunião Anual da SBPC
Resumo aceito para apresentação na 66ª Reunião Anual da SBPC pela(o):
SBPC - SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA
H. Artes, Letras e Lingüística - 3. Literatura - 1. Literatura
ESTUDOS DE IMAGENS OBSESSIVAS NAS OBRAS DE MARGUERITE DURAS
Júlia Simone Ferreira - Prof. Drª/ Universidade Federal do Acre - UFAC
INTRODUÇÃO:
Gostaríamos de apresentar a metodologia do crítico literário francês, Charles Mauron, e aplicar nas obras da escritora francesa Marguerite Duras. Nas obras escritas durante as décadas de 50 e 1960, observamos que metáforas obsessivas ou imagens obsessivas ligadas com as palavras: amor, morte, presença, ausência, memória, esquecimento, entre outras, estão ligadas ou associadas com a vida íntima da escritora. Esses temas, oximoros se encontram recorrentes nos textos da autora, estão metaforicamente associados à infância de Duras, vivida no Vietnã. Todas essas imagens obsessivas e onipresentes nos textos simbolizam um universo de fantasias que fazem parte da escrita involuntária ou inconsciente de Duras. A escrita funciona então como uma cura terapêutica, em relação aos traumas vivenciados ou vividos na infância: a morte do pai, a loucura simbólica da mãe e a morte do irmão mais novo.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Mostrar que através de a psicocrítica, do teórico francês Charles Mauron, existe uma relação intimista entre vida e obra da escritora francesa Marguerite Duras. A escrita de Duras está associada inconscientemente à sua infância e aos traumas vivenciados
MÉTODOS:
A metodologia empregada neste trabalho intitula-se: psicocrítica do teórico francês Charles Mauron. Ela relaciona a escrita literária do autor a três variáveis essências: o seu meio social, a sua personalidade; consciente e inconsciente e a sua escrita no conjunto das obras.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Podemos ressaltar que a escrita de Duras, através de a metodologia de Mauron e as metáforas obsessivas, funciona como um “declic” ou como uma “cura terapêutica”, em relação aos traumas vivenciados ou vividos durante sua infância.
CONCLUSÕES:
Através de as metáforas obsessivas ou imagens obsessivas, descobrimos que Duras coloca em cena as “figuras míticas”. Elas, por sua vez, estão relacionadas aos conflitos internos afetivos que são inconscientes para Duras. As figuras míticas estão relacionadas às preocupações conscientes que se repercutem de textos em textos como uma metaforização do psíquico-inconsciente íntimo.
Palavras-chave: metáforas, obsessivas, infância.