66ª Reunião Anual da SBPC |
Resumo aceito para apresentação na 66ª Reunião Anual da SBPC pela(o): ABRASCO - Ass. Bras. de Pós-Graduação em Saúde Coletiva |
D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 3. Saúde Pública |
ÍNDICE DE MASSA CORPORAL COMO FATOR DE RISCO PARA A HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA |
ETIENE EXPEDITA PEREIRA SANTOS - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO INGRID TAYANE VIEIRA DA SILVA DO NASCIMENTO - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO SUELEN SAMPAIO DE OLIVEIRA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO ISABEL VITÓRIA FIGUEIREDO - UNIVERSIDADE DE COIMBRA Sandra Fernanda Loureiro de Castro Nunes - Orientadora/ DQB/ UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO |
INTRODUÇÃO: |
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é caracterizada por níveis elevados e permanentes de pressão arterial (PA), sendo assintomática e responsável por apresentar maior risco de desenvolver problemas cardiovasculares, o que pode aumentar as taxas de morbimortalidade. Um fator de risco que pode levar a HAS é o excesso de peso e/ou obesidade. Este fator pode ser determinado principalmente pelo sedentarismo, consumo de alimentos industrializados, consumo excessivo de sal, gordura animal e ingestão insuficiente de frutas e hortaliças. Outros fatores também contribuem para a suscetibilidade no ganho de peso, como as características genéticas e hormonais. Estudos demonstram que o IMC vem sendo utilizado como parâmetro associado à obesidade, sendo indicativo se o sujeito está abaixo do peso ideal, normal, acima do peso ideal ou obeso. Apesar das campanhas de sensibilização para a prevenção e controle de problemas relacionados à hipertensão arterial, tal como o excesso de peso, estima-se que no Brasil, 38,8 milhões de pessoas com 20 anos ou mais de idade estejam com sobrepeso. |
OBJETIVO DO TRABALHO: |
Avaliar a pressão arterial e o índice de massa corporal na comunidade acadêmica da Universidade Estadual do Maranhão, com a prestação de informação na prevenção e controle da Hipertensão Arterial Sistêmica. |
MÉTODOS: |
O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão. As aferições foram feitas em uma sala a qual atende aos requesitos para uma leitura correta da pressão arterial. Aos voluntários foi entregue um termo de Consentimento Livre e Esclarecido e um questionário padronizado sobre questões comportamentais. O peso e a estatura dos voluntários foram verificados para posterior análise do IMC. O cálculo do IMC foi determinado pela divisão da massa do indivíduo (Kg) pelo quadrado de sua altura (m2), sendo considerado abaixo do peso ideal IMC inferior a 18,5 Kg/m2, IMC normal entre 18,6 - 24,9 Kg/m2, acima do peso ideal entre 25 - 29,9 Kg/m2 e obeso acima de 30 Kg/m2. Para a aferição da PA, foi utilizado um tensiômetro eletrônico OMRON®, sempre orientando aos voluntários a não falar durante o procedimento. A PA foi classificada de acordo com a VI Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial e o IMC, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Posteriormente, foram entregues aos participantes, material informativo sobre a prevenção e controle da PA. |
RESULTADOS E DISCUSSÃO: |
O estudo foi realizado com 43 universitários da Universidade Estadual do Maranhão, com faixa etária entre 18 e 33 anos, sendo 74,41% do sexo feminino e 25,58% do sexo masculino. Do total de voluntários, 62,79% tiveram pressão arterial ótima (<120/ <80mmHg) e 20,93% normal (<130/ <85mmHg), porém, verificou-se que um percentual de 11,62% tiveram estágio - 1 de hipertensão (140 -159/ 90/ 99 mmHg) e outros 4,65% limítrofe (130 - 139/ 85 - 89 mmHg). Estes dados mostram que cada vez mais cedo os jovens estão propícios a desenvolver doenças crônicas como a hipertensão. Observou-se também, que 67,44% apresentaram IMC normal (18,6 - 24,9 Kg/m2); 4,65% abaixo do peso (<18,5 Kg/m2); 20,93% acima do peso (25,0 - 29,9 Kg/m2) e 4,65% foram considerados obesos (<30 Kg/m2). Dos voluntários com PA - ótima ou normal e IMC - normal (vinte e seis voluntários), quase a metade destes voluntários (46,15%) praticam alguma atividade física como caminhada, academia ou esportes, o que pode ter contribuído para estes resultados, além de outros fatores como a baixa idade dos participantes. Todavia, a baixa idade dos participantes, parece ser o fator mais relevante para os níveis pressóricos considerados normais, pois estudos científicos revelam que os casos de hipertensão são mais frequentes na população mais idosa. Sete voluntários apresentaram PA - limítrofe ou estágio - 1 de hipertensão, o que pode estar relacionado ao histórico familiar de hipertensão, já que 57,14% tem casos de hipertensos na família. A hereditariedade é um fator predisponente à HAS, no entanto, mesmo apresentando estes valores de PA os voluntários ainda não podem ser considerados hipertensos, pois é necessário outras aferições e acompanhamento por profissionais da saúde. |
CONCLUSÕES: |
A pressão arterial e o índice de massa corporal da maioria dos voluntários, apresentou-se dentro dos padrões considerados ótimos ou normais. Foi possível verificar uma relação positiva entre pressão arterial e índice de massa corporal com a prática de exercício físico. Observou-se também que, o histórico familiar de hipertensão e a baixa idade dos participantes foi um fator importante para a análise dos níveis pressóricos obtidos. Dessa forma, é importante destacar a importância da aferição da pressão arterial entre os jovens, pois estes podem difundir a importância da prevenção e tratamento da hipertensão arterial entre seus familiares e amigos, além de ser um programa que previne a hipertensão arterial e orienta um estilo de vida saudável, através principalmente, da prática regular de exercício físico e um estilo de vida saudável. |
Palavras-chave: Hipertensão Arterial, Indice de Massa Corporal, Maranhão. |