65ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia |
PROPAGAÇÃO DE BOLDO PEQUENO (Plectranthus neochilus Schlechter) POR ESTACAS DA PARTE AÉREA |
Ednângelo Duarte Pereira - Graduando em Agronomia/ Instituto de Desenvolvimento Rural-UNILAB, Redenção, CE Rafaela da Silva Arruda - Graduando em Agronomia/ Instituto de Desenvolvimento Rural-UNILAB, Redenção, CE Rafaelly de Aguiar da Silva - Graduando em Agronomia/ Instituto de Desenvolvimento Rural-UNILAB, Redenção, CE Albanise Barbosa Marinho - Profa. Dra/Instituto de Desenvolvimento Rural-UNILAB, Redenção, CE Maria de Fatima Barbosa Coelho - Profa. Dra/Instituto de Desenvolvimento Rural-UNILAB, Redenção, CE |
INTRODUÇÃO: |
O gênero Plectranthus (L'Her.), entre os gêneros pertencentes à família Lamiaceae, é considerado um dos mais ricos em óleos essenciais e das 300 espécies já identificadas, 62 são mencionadas por possuírem propriedades medicinais, alimentícias, flavorizantes, antissépticas, repelentes e por serem utilizadas como pastagens e como plantas ornamentais. Plectranthus neochilus Schlechter, denominada de boldo pequeno, boldo rasteiro ou boldo gambá no Brasil é empregada no tratamento de insuficiência hepática e dispepsia na medicina popular. As plantas desta espécie são herbáceas, aromáticas, com folhas pequenas, quase triangulares, dispostas compactamente, um pouco amargas e inflorescência racemosa de coloração violeta. Não ocorre produção de sementes em regiões baixa altitude e quentes como o litoral nordestino do Brasil, e, portanto, é importante o estudo da propagação assexuada. |
OBJETIVO DO TRABALHO: |
O objetivo no presente estudo foi avaliar a propagação de estacas de Plectranthus neochilus obtidas da parte aérea em diferentes posições na haste e de diferentes comprimentos. |
MÉTODOS: |
O experimento foi conduzido no Campus da Liberdade da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro Brasileira-UNILAB, Redenção, CE, no período de março a maio de 2012. As estacas de Plectranthus neochilus foram coletas em Acarape, CE no período da manhã em 29 de março e levadas para a área experimental no Campus, onde foram preparadas de acordo com cada tratamento e colocadas em bandejas de polietileno com 50 células previamente preenchidas com areia lavada como substrato. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e quatro repetições de cinco estacas. Os tratamentos utilizados foram: a) estaca apical de 5cm, b) estaca apical de 10cm, c) estaca apical de 15cm, d) estaca mediana de 15cm e e) estaca mediana de 20cm. A cada sete dias foram avaliados o número de brotações, o comprimento de brotações e o número de folhas por estaca e ao final do experimento o comprimento da raiz principal e a porcentagem de sobrevivência. A análise de variância (F a 5%) e o teste de médias (Scott-Knott a 5% de probabilidade) foram feitos no programa estatístico SISVAR. |
RESULTADOS E DISCUSSÃO: |
As diferentes posições da estaca no ramo da planta e o comprimento não influenciaram o número médio de brotações, que variou de 2,17 a 3,11. Entretanto tiveram efeito sobre as demais características avaliadas. O maior comprimento de brotação e de raiz ocorreu nas estacas medianas independente do seu comprimento. As estacas apicais apresentaram cerca de 50% dos valores médios dessas características em relação às estacas medianas. A ausência de dominância apical e a maior disponibilidade de carboidratos nas estacas medianas podem ser responsáveis por este resultado. O menor número de folhas em mudas de estacas apicais de 10cm pode ser atribuído ao menor número de gemas observado nessas estacas. O menor número de folhas pode ter influenciado a porcentagem de sobrevivência que foi menor em estacas apicais de 10cm, possivelmente pela menor disponibilidade de nutrientes das folhas. |
CONCLUSÕES: |
A propagação vegetativa de Plectranthus neochilus pode ser feita com eficiência por estacas da porção mediana dos ramos com 15 a 20cm de comprimento. |
Palavras-chave: Reprodução assexuada, Boldo, Plectranthus neochilus. |