65ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia |
CULTIVO DE MASTRUZ Chenopodium ambrosioides L. EM CANTEIROS ATRAVÉS DE TRATAMENTOS A PLENO SOL E A 50% DE INSOLAÇÃO. |
Verônica Giuliane Monteiro Ferreira - Discente de Licenciatura Plena em Biologia – IFPA – Campus Abaetetuba -PA Roque Flor dos Santos Júnior - Prof. Esp./Co-Orientador – Eixo Tecnológico de Recursos Naturais – IFPA- Campus Brenda Formigosa da costa - Discente de Licenciatura Plena em Biologia – IFPA – Campus Abaetetuba -PA Carlos Henrique Nunes Ferreira - Discente de Licenciatura Plena em Biologia – IFPA – Campus Abaetetuba -PA |
INTRODUÇÃO: |
O mastruz Chenopodium ambrosioides L. é uma planta herbácea de forte aroma, nativa da América tropical e originária do México, no Brasil, essa espécie tem ampla distribuição, com ocorrência em quase todo o território, onde recebe vários nomes populares: mastruço, mastruz, erva-de-santa-maria, chá-do-méxico, erva-formigueira e quenopódio, sua ampla utilização deve-se à presença de elevados teores de ascaridol nas sementes, nas folhas e no caule (seu óleo essencial possui 90% de ascaridol); os principais usos são: tratamento de ascaridíase; controle de artrópodes e pragas domésticas; inibição do desenvolvimento de fungos do solo e de insetos, como Scrobipalpula absoluta (traça-do-tomateiro) e Spodoptera frugiperda (lagarta-do-cartucho-do-milho) (COSTA et al. ; 2012). O sumo da planta apresenta ainda grande poder antipruriginoso, razão porque é aplicado em feridas infectadas, facilitando a cicatrização (BRITO et al. ; 2007). Esta planta esta relacionada nos levantamentos da organização mundial da saúde como uma das mais utilizadas entre os remédios naturais no mundo inteiro (Lorenzi & Matos 2008). |
OBJETIVO DO TRABALHO: |
Investigar a viabilidade da produção de mastruz Chenopodium ambrosioides em ambientes a luz solar direta e ambiente através de tela (sombrite) com 50 % de insolação. |
MÉTODOS: |
O experimento foi conduzido no horto de plantas medicinais do IFPA Campus Abaetetuba no Estado do Pará, onde foram realizados dois tratamentos do ensaio que compreende dois ambientes distintos: ambiente a luz solar direta e ambiente através de tela (sombrite) com 50% de insolação. Os ambientes caracterizam-se com canteiros semicirculares, constituídos de raios de 2,0 m e profundidade de 20 cm, estes apresentam em sua composição somente terra preta. A disposição de cada canteiro foi estabelecida com 15 plantas (mudas) de mastruz, as quais foram retiradas diretamente da planta matriz e introduzidas nos canteiros seguindo disposição por canteiro com quatro (4) fileiras, com aproximadamente 50 cm entre as plantas e 80 cm entre as fileiras. O acompanhamento obteve duas regas diárias, pelo período da manhã e a tarde, respectivamente às 07:00h e 17:00h, durante 15 dias, após esse período estabeleceu-se 1 rega diária pelo turno da tarde durante 45 dias, totalizando 60 dias de observações. |
RESULTADOS E DISCUSSÃO: |
Houve duas etapas de observações nos canteiros ambas com observações visuais. A primeira etapa consistiu nos primeiros trinta dias onde pode se constatar que no canteiro de ambiente a pleno sol, o desenvolvimento das mudas foi analisados através de “vingamento” onde no total de 15 mudas desenvolveram-se apenas 10 mudas obtendo um percentual de desenvolvimento (vingamento) aproximadamente de 66,67%. O ambiente através de insolação de 50 % com o uso de sombrite constatou que no total das 15 mudas plantadas obteve 14 mudas em desenvolvimento, com perda de apenas uma muda obtendo um percentual de aproximadamente 93,34% de desenvolvimento ou “vingamento”. A segunda etapa permaneceu com 30 dias finais de observações que apresentou como características nos dois canteiros o desenvolvimento das mudas sem nenhuma perda. |
CONCLUSÕES: |
Observamos o experimento através dos dois tratamentos, que o melhor ambiente para se cultivar o mastruz antes do surgimento da raiz, é o ambiente com 50 % de insolação, pois, o ambiente a pleno sol, as plantas ficaram sob o efeito do estresse hídrico mesmo com as regas. A justificativa se baseia num processo morfofisiológico onde as mudas neste tratamento ainda não dispunham de raiz e que interviu na funcionalidade fisiologia do desenvolvimento das mudas. |
Palavras-chave: Desenvolvimento, Estresse Hídrico, distribuição. |