65ª Reunião Anual da SBPC |
C. Ciências Biológicas - 2. Biologia Geral - 1. Biologia da Conservação |
EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS DE CHAPADINHA-MA: UMA ABORDAGEM TRANSVERSAL |
Fabrícia Vieira Ribeiro - Centro de Ciências Agrárias e Ambientais – UFMA Raimunda Alves Silva - Centro de Ciências Agrárias e Ambientais – UFMA Keila Gardênia Oliveira Cruz - Centro de Ciências Agrárias e Ambientais – UFMA Karla Lílian Rodrigues Batista - Centro de Ciências Agrárias e Ambientais – UFMA Jeane Rodrigues de Abreu - Prof. MSc. Orientadora - Centro de Ciências Agrárias e Ambientais - UFMA Lucelma Silva Braga - Prof. MSc. Orientadora - Centro de Ciências Agrárias e Ambientais - UFMA |
INTRODUÇÃO: |
A educação ambiental surge em meados da década de 1960, o entanto apenas em 1972 foi realmente implementada com a realização de diversos eventos que foram decisivos para torná-la conhecida mundialmente (Dias 1991). No início era apenas centrada para a mudança de comportamento, atualmente é campo de atuação que visa à conscientização, desenvolvimento de competências, capacidade de avaliação e participação do educando (Reigota, 1998). Para Layrargues & Loureiro (2000) a Educação Ambiental no âmbito da escola amplia a função da escola de apenas transmitir conhecimento para uma atuação crítica e transformadora. Vasconcelos (1997) defende que é preciso que haja uma reflexão do ser humano com meio para que seja possível haver educação ambiental. Sendo assim a educação ambiental é um processo participativo, englobando alunos, professores e comunidade em geral na busca de soluções. No Brasil a educação ambiental é regulamentada por leis como a Lei Nº 9.795, que instituiu a Política de Educação Ambiental, onde reconhece a urgência de inseri-la no processo educativo, seja formal ou informal, na forma de transversalidade. |
OBJETIVO DO TRABALHO: |
Contribuir com a formação de cidadãos ambientalmente responsáveis, ampliando seus conhecimentos e desenvolvendo uma visão crítica acerca de um dos problemas mais sérios e atuais – a degradação ambiental. |
MÉTODOS: |
As atividades de Educação Ambiental foram desenvolvidas mensalmente junto a quatro escolas da rede pública de Chapadinha (MA). Foram selecionadas as seguintes escolas Colégio Alfredo Duailibe, no povoado Cidade Nova, U.I.Isaías Forte menezes, U.I.Augustinho Ribeiro e U.I. Professor Oliveira Roma. Em cada uma das escolas foram realizadas 20 horas semanais de atividade, de acordo com a disponibilidade fornecida pela direção. Foram feitas visitas prévias para diagnóstico. Para realização do projeto foram adotadas metodologias desenvolvidas por Dias (2006). Durante o desenvolvimento do projeto foram realizadas as seguintes atividades: Seminários de sensibilização sobre os problemas socioambientais, tais como, poluição da água, poluição do solo, poluição do ar, poluição sonora, poluição visual; Orientação aos professores sobre atividades interdisciplinares de EA que possam ser desenvolvidas com os alunos; Uso de textos de vários tipos (verbais: textos dissertativos, e não verbais). Palestras sobre meio ambiente e desenvolvimento sustentável; Visitas às áreas poluídas e áreas degradadas no Município; Realização de jogos educativos; Realização de oficinas para reaproveitamento de materiais com exposição dos materiais educativos produzidos, relacionados à EA. |
RESULTADOS E DISCUSSÃO: |
Foram trabalhados com 1800 alunos e 12 professores do 6º ao 9º ano do ensino fundamental das escolas E.M. Amélia Mendes Ferreira e E.M. Alexandre Costa do município de Chapadinha. No primeiro momento foi realizado planejamento junto ao corpo docente para diagnosticar as principais dificuldades dos professores a cerca dos métodos usados nas abordagens do tema. Com relação aos professores percebeu-se que o maior entrave para abordar a temática EA é a limitação do tempo, uma vez que este é um tema transversal, sendo a única abordagem os enfoques dos livros didáticos, principalmente o livro de Ciências onde é introduzida a causa ambiental, sendo trabalhado mais o lixo. Diagnosticou-se que a atuação dos alunos é meramente comportamentalista. Nesse contexto Guimarães (1995) afirma que muitos projetos de EA são desenvolvidos, no entanto sem clareza pelos educadores, compartilhando da mesma preocupação Figueiredo (2006) define a EA atualmente trabalhada como atitudes desvinculadas e conceitos vázios, não se enquadrando em EA crítica nem transformadora. Valentim & Santana (2006) argumentam que a EA trabalhadas nas escolas possuem muitas limitações, principalmente pela falta de conhecimento dos envolvidos, necessitando de aspectos teóricos, metodológicos e boa formação dos educadores. |
CONCLUSÕES: |
Com a execução do projeto foi possível estimular o aprimoramento da capacidade crítica dos alunos em relação à EA. Conscientizar os professores de trabalhar temas transversais nas aulas, unir aprendizagem como práticas educativas não convencionais, além de estreitar os laços da sociedade com a universidade. Foi possível analisar durante as reuniões com os professores e coordenadores que há uma dificuldade de expor as questões ambientais para os alunos uma vez que a EA não se faz presente na grade curricular como disciplina obrigatória. Com relação aos alunos o projeto atendeu as perspectivas e metas sendo trabalhadas nas escolas temas do seu cotidiano. Foram apresentadas possibilidades criativas de como trabalhar recursos pedagógicos e ações voltadas para o meio ambiente. |
Palavras-chave: Conscientização ambiental, Meio ambiente, Transversalidade. |