65ª Reunião Anual da SBPC

G. Ciências Humanas - 7. Educação - 3. Educação Ambiental

PROJETO EDUCANDO PARA O FUTURO: EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS NO MUNICÍPIO DE MONTEIRO-PB

Artur Alan Martins de Oliveira - IFPB Isabella Maria Bezerra de Araújo - IFPB Jéssica Maria de Sousa - IFPB Kássia Dyjeane Leal Felix - IFPB Keliana Dantas Santos - IFPB Larissa Maria Moreira Bispo - IFPB

INTRODUÇÃO:

A Educação Ambiental é vista hoje como uma possibilidade de transformar os valores e atitudes, gerando um entendimento da realidade de vida, provocando uma atuação responsável dos cidadãos em relação ao meio ambiente. Sendo assim, a escola e a comunidade exercem papel essencial na contribuição para a conservação e preservação deste meio. Diante dessa realidade, foi pensado no uso de múltiplas ações que visam melhorar a qualidade de vida dentro e fora da escola, sensibilizando alunos, funcionários, e a comunidade. Tendo em vista que é importante que estas práticas sejam incentivadas desde a infância, ajudando assim a formar cidadãos conscientes de suas responsabilidades socioambientais.

OBJETIVO DO TRABALHO:

Este trabalho expõe as ações realizadas na comunidade Vila Santa Maria e na escola da rede pública João de Oliveira Chaves localizadas no município de Monteiro/PB, durante o ano de 2012. O projeto Educando para o Futuro foi uma iniciativa do IFPB- Campus Monteiro, que visou modificar o modo de agir da população de Monteiro em relação à prática de coleta seletiva e a sua responsabilidade social.

MÉTODOS:

Na escola, o público alvo era constituído por alunos do ensino fundamental, assim tivemos cuidado de tornar os eventos sempre dinâmicos e participativos para que pudesse chamar a atenção e em contra partida, houvesse participação dos mesmos. Para isto utilizamos instrumentos para uma prática interdisciplinar de Educação Ambiental, como cartazes com ilustrações representando a coleta seletiva em lixo seco e úmido; panfletagem ensinando a praticar a separação dos resíduos gerados em suas residências; como forma de dinamizar a comunicação, os ministrantes estavam caracterizados de palhaços; foram realizadas também apresentação de vídeos educativos que abordavam a problemática da geração de resíduos sólidos, seus desperdícios e os benefícios da reutilização de cada material e palestras sobre o mesmo tema. Não muito diferente, na comunidade, apesar de o público-alvo já ser constituído de adultos, os métodos utilizados foram os mesmos, com exceção da caracterização dos ministrantes, e os cartazes apresentavam apenas figuras tendo em vista que, em sua maioria, os moradores da vila Santa Maria possuem baixa escolaridade, ou sequer frequentaram a escola.

RESULTADOS E DISCUSSÃO:

Os resultados observados durante a execução do projeto mostraram que a Educação Ambiental é uma ferramenta essencial na prática pedagógica dos educadores no âmbito da educação formal e não formal, pois aos envolvidos, proporcionou um olhar crítico e reflexivo sobre práticas que degradam o meio ambiente, alertando sobre as políticas sustentáveis e preocupações com o futuro do nosso planeta. Isto foi conseguido através de oficinas, onde, inicialmente se expunha o tema, de modo que pudéssemos saber o nível de conhecimento do público acerca do mesmo e dar continuidade a explanação esclarecendo as dúvidas existentes. Em seguida, com a exibição de vídeos educativos, era explicado as vantagens da prática de educação ambiental através da coleta seletiva, e como realizá-la em nossas próprias residências. Por fim era realizado um debate para ter certeza de que a mensagem havia sido compreendida e entregávamos os panfletos explicativos para que as crianças pudessem levá-los adiante, para os pais e vizinhos. Na comunidade – alvo, a vila Santa Maria, o trabalho também obteve bons resultados, pois grande parte do público – alvo retira o seu sustento do lixão municipal, sendo assim, seriam os principais afetados por uma mudança de comportamento com relação à separação e destinação do lixo.

CONCLUSÕES:

Assim concluímos que a educação ambiental pode ser implementada nas escolas com uma política de visão de futuro, pois é através dela que podemos sensibilizar as crianças sobre o dever de cuidar do meio ambiente. Percebe-se também a relação entre os dois públicos – alvo, a partir do momento em que pensamos que as crianças que participaram das oficinas na Escola João de Oliveira Chaves, ao se comprometerem com a prática de coleta seletiva, estão diretamente beneficiando os moradores da Vila Santa Maria que trabalham no lixão. Já que, se o lixo é separado em seco e úmido, livra-os da necessidade de lançarem-se em meio aos montes de lixo que não foram separados corretamente.

Palavras-chave: Educação ambiental, Coleta seletiva, Meio ambiente.